Secretário foi o entrevistado desta terça-feira no programa PNotícias
O secretário de manutenção de Salvador, Luciano Sandes, foi o entrevistado desta terça-feira (17) no programa PNotícias, sob comando de Jorge Araújo e Rafael Albuquerque na Piatã FM. Entre os assuntos abordados, Sandes falou sobre a relação da prefeitura com empresas como a Coelba, Bahiagás e Embasa.
Além disso, o secretário esclareceu dúvidas de ouvintes e comentou sobre as operações em andamento pela Secretaria de Manutenção (Seman) da capital baiana. A Operação Tapa Buracos, por exemplo, terá incrementos, com aumento das equipes envolvidas e um maior número de recapeamentos que serão realizados.
"Nós investimos em média, mensalmente, com o tempo bom, tendo pelo menos 22 dias de sol para aplicar o asfalto, algo em torno de R$ 1.500.000, R$1.700.000 para essa Operação Tapa Buracos. Nós vamos incrementar esse serviço das operações “tapa buraco”, vamos colocar mais equipes, mais asfalto na cidade. É uma perspectiva já para a segunda quinzena de agosto, porque a Codesal nos sinalizou que nós vamos enfrentar um período de estabilidade, ou seja com sol.", disse o secretário ao PNotícias.
Confira a entrevista na íntegra:
Pnotícias: Como é que funciona essa espécie de contrato, conversa entre a prefeitura de Salvador e a Embasa?
Secretário: O que acontece é que em alguns momentos as concessionárias, não colocaria só a Embasa, porque temos problemas também com a Bahiagás e a Coelba, executam serviços, ou de expansão das suas redes ou de manutenção das mesmas, de forma descoordenada com a prefeitura. A gente tem um grupo, inclusive com a Embasa, está funcionando diria... não é de excelência, mas está caminhando por Whatsapp, em que nós apontamos as situações que a Embasa faz algum tipo de interferência na via, inclusive solicitando que ela proceda a operação, que no caso seria um tapa buraco ou em alguns casos recapeamento da via, para que devolva as condições iniciais em que a via foi encontrada.
Então a gente tem conversado muito sobre isso e em alguns momentos temos que dar algumas notificações. Há uma determinação do prefeito Bruno Reis em que fiscalizemos mais isso. Estamos criando um grupo em que envolve agora as dez prefeituras-bairros para também acompanhar e nos apontar os serviços feitos por concessionárias que não foram devidamente reparados, na sua pavimentação. Além disso, nós temos a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), que irá notificar e tomar as medidas cabíveis, porque o uso é de solo urbano, e nós temos também a nossa Agência Reguladora (Arsal), que também vai entrar para estar notificando em conjunto com todos esses órgãos que acabei de citar da prefeitura, para que a gente tente uma efetivação na correção dos problemas de forma mais rápida.
Em alguns momentos, a cidade não pode esperar e aí a prefeitura até faz, como é o caso de Ondina, onde houve toda aquela requalificação que vocês acompanharam no ano passado. Agora a Coelba foi fazer um serviço, detonou tudo, nós vimos a situação complicada e aí entramos em um acordo com a Coelba. Nós vamos tapar os buracos e vamos cobrar por isso, eu já enviei o relatório de quanto custou fazer esse serviço para ser cobrado da Coelba, e posteriormente, recapear as vias que foram danificadas, porque eram vias novas, que precisam voltar a sua condição inicial [...] É a via principal de Ondina, sentido Barra.
PNotícias: Essa obra de Ondina, foi uma obra maravilhosa que a prefeitura fez, ficou organizada! A Coelba não poderia chegar antes para resolver a pendência que ela tinha de resolver, antes da prefeitura fazer essa obra? E sobre essa questão de asfaltar, quem coloca esse asfalto? A prefeitura ou as empresas? E esses asfaltos colocados por essas concessionárias tem qualidade?
Secretário: Quem tem obrigação de colocar o asfalto, fazer o reparo são as concessionárias. Aqueles que geram o dano ao pavimento precisam recuperar o pavimento. Então eles colocam o asfalto. A gente está monitorando e achou em algumas situações formas inadequadas, até no transporte do próprio asfalto. [...] O que a gente percebeu é que tem concessionárias, que nós notificamos, utilizando caminhão de carroceria para transportar o asfalto, sem nenhuma proteção. Quando é lançado no solo, ele já está um pouco mais pétreo, não consegue ter a forma adequada {...} e a pedra fica solta.
PNotícias: O portal PNotícias recebeu a informação de que uma das empresas que fornece asfalto para a prefeitura está fechando, procede? Quanto que a secretaria investe mensalmente nessas operações “tapa buraco”, de recapeamento em Salvador? O senhor tem a informação de quais e quantas empresas prestam esses serviços na capital baiana?
Secretário: Nós não temos nenhuma empresa que fornece asfalto fechando, essa informação não procede. Nós temos hoje cinco empresas que fazem o fornecimento de asfalto e elas fornecem regularmente o asfalto. Nós investimos em média, mensalmente, com o tempo bom, tendo pelo menos 22 dias de sol para aplicar o asfalto, algo em torno de R$ 1.500.000, R$1.700.000 para essa operação “tapa buraco”. Nós vamos incrementar esse serviço das operações “tapa buraco”, vamos colocar mais equipes, mais asfalto na cidade. É uma perspectiva já para a segunda quinzena de agosto, porque a Codesal nos sinalizou que nós vamos enfrentar um período de estabilidade, ou seja com sol.
PNotícias: Houve uma reunião entre o senhor e Sosthenes Macedo, diretor-geral da Defesa Civil de Salvador (Codesal), foi um encontro para tratar do resultado da Operação Chuva ou já para programar mais ações?
Secretário: A Codesal é a coordenadora da Operação Chuva. A Secretaria de Manutenção, através da sua Diretoria de Manutenção da prefeitura, é “emprestado” à Codesal. Fazemos o serviço cotidiano, mas também fazemos os serviços emergenciais da Codesal. Nós fizemos uma reunião para avaliar como foi a Operação Chuva nesse mês de julho, o que não foi bem sucedido, o que precisa melhorar. A Operação Chuva acabou, mas a chuva ainda existe, então temos que ficar em alerta, mobilizados.
Ouvinte PNotícias: Na gestão de ACM Neto (DEM), ex-prefeito de Salvador, víamos mais operações tapa buracos, víamos mais recapeamentos. A gestão de Bruno Reis ainda não vi recapeamento, está muito difícil.
Secretário: Nós tivemos no enfrentamento dos primeiros seis meses, no final de fevereiro e início de março, o agravamento da pandemia da Covid-19. Diante disso, nós tivemos que trabalhar em home office, a gente teve que se mobilizar um pouco, principalmente os idosos. A vacinação ainda não estava a todo vapor, tínhamos muitas pessoas com comorbidades e idosas na secretaria. Ainda tivemos o decreto municipal, houve também o investimento pesado na área de saúde, porque o importante era salvar vidas.
Então, as outras áreas sofreram um pouco com relação aos investimentos, porque uma parte foi voltada [para a saúde]. Passado esse momento de pandemia, parece e indica que teremos uma trégua em relação a isso. Já teremos na sexta-feira (20) uma reunião em que nós iremos discutir incremento de tapa buracos, aumento de equipe, investimento e também vai ser conversado sobre recapeamento.
Nós já estamos mapeando todas as ruas que o prazo de validade do asfalto já está vencido. Só para ter uma ideia, o asfalto tem uma vida útil de em média oito a dez anos. Então, tem lugares na cidade que já tem 30 anos sem recapear. Estamos fazendo um levantamento e que será objeto de recapeamento.
Ouvinte PNotícias: Gostaria de saber sobre os bueiros baixos na cidade, há anos essa realidade é presente em Salvador. Causa vários prejuízos nas suspenções dos carros. A quem recorrer se formos vítimas do problema?
Secretário: Essa agenda não é atribuição da Secretaria de Manutenção, principalmente quando você tem uma rua recapeada. Está na agenda da Superintendência de Obras Públicas (Sucop). Minha assessoria está anotando e eu vou passar para a Sucop, pedindo que ela veja essa situação dos bueiros que ainda se encontram no nível da pista, gerando esse falso buraco.
Pnotícias: Com relação a poda de árvores, a secretaria declarou que vai voltar a fazer essas fiscalizações, já tem previsão para o início?
Secretário: A gente vai precisar investigar, através de equipamentos mais sofisticados, como estão as árvores por dentro. Vamos tentar fazer tipo exames de imagem. A gente vai tentar agora estabelecer esses exames em algumas árvores da cidade, pra gente ver como está esse raio-x por dentro, para ver se a árvore vai precisar de uma atuação até mesmo de erradicação. Estamos falando de árvores de 30 anos a 40 anos, que é mais ou menos a vida útil desse vegetal.
Pnotícias: Secretário, muito obrigada pela sua participação e o senhor está com vários problemas para resolver, principalmente nessa Operação Tapa Buracos. O povo está dizendo que está voltando a época de João Henrique.
Secretário: Não volta não! O tempo de João Henrique pode esquecer, não vai voltar! Nós vamos agir efetivamente e quero voltar, inclusive para conversamos onde está atuando [ a Operação Tapa Buracos], dar satisfação a população, que afinal de contas paga seus impostos e nós que estamos ocupando cargos na prefeitura somos servidores do povo, então precisamos dar satisfação.