Valor das parcelas era descontado no contracheque, mas CSN não fazia os repasses aos bancos
Ex-funcionários do Consórcio Salvador Norte (CSN) estão recebendo ligações de bancos cobrando parcelas em aberto decorrente de empréstimos consignados feitos na época em que estavam empregados na empresa, que recentemente decretou falência.
Em entrevista ao programa PNotícias, apresentado por Jorge Araújo e Rafael Albuquerque na Piatã FM, o vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, Fábio Primo, esclareceu a situação e afirmou que os trabalhadores não devem se preocupar.
“O empréstimo consignado é aquele que vai um correspondente da empresa no banco e assina um contrato entre trabalhador e a prestadora de serviço, autorizando a empresa a descontar ‘x’ valor no seu contracheque referente ao empréstimo”, explica o vice-presidente.
Primo alertou que não há comprovação de que essas ligações sejam realmente do banco, mas salientou que se constatarem a veracidade das cobranças, o sindicato entrará com uma ação coletiva contra a instituição financeira, já que os valores que foram pagos pelos trabalhadores à CSN e que não foram repassados aos bancos são de inteira responsabilidade da concessionária.
O entrevistado ainda comentou sobre a possibilidade de a CSN não ter repassado os valores para o banco e deixou claro que os ex-funcionários não tem responsabilidade pelas possíveis cobranças. “O trabalhador vai resolver a vida dele com o banco de quando a CSN acabou para frente. Até quando foi descontado no contracheque dele, o trabalhador não tem responsabilidade nenhuma.”, disse ao PNotícias.
Ao ser questionado se o sindicato já procurou empresa de ônibus para checar a veracidade das cobranças, Primo alegou que “não existe mais empresa” e que atualmente os problemas com a CSN são resolvidos apenas pelo jurídico.
Por fim, Fábio Primo tranquilizou os ex-funcionários e garantindo que os “trabalhadores não vão pagar duas vezes” e orientou os possíveis lesados a procurar o sindicato.