Estabelecimento não respondeu o que impediria a realização do procedimento em mulheres transgêneros
A empresa de bronzeamento corporal Salvador Bronze, localizada na Avenida Octávio Mangabeira, em Salvador, está sendo acusada de transfobia nas redes sociais. Internautas compartilharam no Instagram um print em que na apresentação do seu perfil comercial, a empresa informa: “Exclusivo para mulheres, exceto transgêneros”.
Após o grande número de compartilhamentos de mensagens de repúdio ao posicionamento da empresa, a Salvador Bronze publicou uma nota de esclarecimento em sua rede social, informando possuir “limitações técnicas comuns na profissão” e que a impediria de atender o público de mulheres transgêneros.
Questionados pela reportagem sobre quais seriam as limitações técnicas que impossibilita o procedimento em mulheres trans, a empresa não respondeu e não atendeu aos telefonemas.
O PNotícias solicitou posicionamento do Ministério Público da Bahia (MPBA) sobre a acusação de transfobia por parte do estabelecimento, mas até o momento da publicação dessa matéria não obteve retorno.
Para o presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo Cerqueira, a distinção cometida pela Salvador Bronze é antiprofissional: “Se o profissional se opõe a realizar sua função por este motivo, ele deve superar o seu problema. Se trata de ética profissional. A forma física das mulheres trans é tão perfeita quanto a de qualquer outra mulher. As mulheres trans que procuram este meio de estética estão muito acima do nível de beleza física das mulheres cis e mulheres trans comuns, pois são extremamente preocupadas com a sua aparência. Além do mais, as mulheres que frequentam esse tipo de estabelecimento estão em perfeita harmonia, afinal buscam o mesmo serviço. Qual seria o incômodo que uma mulher trans pode causar num estabelecimento como esse?”, declarou Marcelo.