Denúncia anônima feita na ouvidoria da Transalvador, poem funcionário como alvo de investigação
As multas apagadas do sistema da Transalvador irregularmente pelo funcionário terceirizado alvo de uma operação, nesta segunda-feira (2), não podem ser recuperadas. Portanto, os condutores beneficiados pelo esquema não serão cobrados pelas infrações. A afirmação foi feita pelo superintendente do órgão, Fabrizzio Muller, durante coletiva de imprensa.
O esquema foi descoberto após denúncia anônima feita na ouvidoria da Transalvador e estava sob investigação do Ministério Público da Bahia (MP-BA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco). De acordo com Fabrizzio, o funcionário desempenhava serviços para o órgão de trânsito desde 2008, porém ainda não se sabe há quanto tempo ele fraudava o sistema. O homem era assistente operacional e trabalhava no setor de processamento de infrações.
"Ele já tem aproximadamente 11 anos trabalhando na Transalvador e não havia nada que desabonasse a conduta dele. Muito pelo contrário, sempre ali cumpridor de suas funções. Infelizmente, acabou agindo dessa forma", declarou. De acordo com as investigações, nos três meses em que a atividade do investigado ficou sob monitoramento, após a denúncia, 444 multas foram deletadas do sistema do órgão. A fraude gerou um prejuízo de R$ 84 mil aos cofres públicos.
"Todos os recursos aferidos pelas infrações de trânsito do município ficam na Transalvador e são utilizadas no trânsito, na engenharia, na fiscalização, na educação para o trânsito. Esses são recursos preciosos que deixaram de ser investidos nas vias e na educação do trânsito" disse Fabrizzio.