Preso foi denunciado crimes sexuais cometidos durante atendimentos espirituais
A prisão de João de Deus, acusado de abusar sexualmente cerca de 150 mulheres durante atendimentos espirituais, ainda choca os investigadores pela proporção do caso. O acusado, que completa nesta segunda (16) um ano preso, já foi condenado por posse de armas e denunciado 13 vezes pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), contudo, ele sempre negou as acusações.
Luciano Miranda, coordenador da força-tarefa do MP-GO e investigador dos crimes, afirma que não imaginava a proporção que as investigações tomariam, e afirmou, em entrevista ao G1: “Tenho certeza que é um dos maiores casos do país, talvez do planeta, no que tange a abuso sexual”.
Relembrando o início do caso, o promotor disse: “Na época, eu não tinha a menor ideia do que esperar. No primeiro dia recebemos quase uma centena de e-mails de vítimas querendo colaborar, mensagens do Brasil inteiro e até do estrangeiro. A quantidade de informações foi tremenda. Aí a gente passou a ter ideia do que viria pela frente. Eu sou promotor de Justiça desde 2011 e nunca me deparei com algo dessa grandiosidade”.
Em nota à imprensa, Anderson Van Gualberto, o advogado de João de Deus, afirmou que o acusado mantém sua versão sobre os fatos e continua afirmando que não cometeu nenhum crime contra nenhuma mulher. E conclui dizendo que “o Ministério Público vem fazendo um espetáculo público com o processo e utiliza a mídia para inflacionar sentimento de ódio e repulsa" contra o religioso, João de Deus.
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