Ex-técnico acredita que há necessidade de maior preocupação com o impacto econômico da quarentena
Após ser curado da Covid-19, o ex-técnico Renê Simões fez duras crítica ao ex-ministro da Saúde. Isso porque, para ele, as informações passadas pelo ex-ministro são contraditórias no sentido de que em nenhum momento suas previsões se confirmaram. Renê diz que toda semana é "adiado" o momento em que poderia ser classificado com o "pico" da doença no Brasil.
Ele também apontou para o fato da necessidade de maior preocupação com o impacto econômico da quarentena. Indicando, como exemplo, a sua rede de restaurantes onde ele afirma empregar mais de 200 pessoas que estão sem conseguir trabalhar.
" Escuto há um mês o Mandetta, ministro da Saúde, falando que na próxima semana será o caos no país. Mas não chega nunca isso. Estou esperando. Agora já começam a falar em junho ou julho”, disse em entrevista à Rádio Grenal, de Porto Alegre (RS). “Eu tenho uma rede de seis restaurantes. Tenho mais de 200 funcionários. São pessoas que tem dependentes, que tem necessidades. Elas não terem dinheiro gera um impacto financeiro grande. Como elas ficam?", questionou, acrescentando:
" Terminaram os outros problemas de saúde? O crime acabou? As milícias? O tráfico? Falavam que seria uma simples gripe no início e agora os mesmos estão fazendo terrorismo. Estão fazendo esse caos e projetando o pior, mas isso nunca chega nunca. Estou vendo um problema muito maior depois, que é a falta de trabalho, de dinheiro, a fome".
Renê ainda chegou a comentar sobre uma maior resistência corporal ao vírus de pessoas com histórico atlético, e diz que está tomando todos os cuidados possíveis para preservar as pessoas próximas a ele e que fazem parte do grupo de risco.
"Eu tomo todos os cuidados. Não vejo meus sogros há 40 dias para preservá-los. Protejo a minha esposa que teve câncer. Mas aqui no Rio, fecharam só a praia, pois as pessoas estão nas ruas. Algum atleta pegou coronavírus e baixou no hospital? Não. Nenhum baixou. Não baixaram porque são saudáveis. Eu peguei e agora tenho anticorpos. Se eu pegar de novo, o vírus é que morre".