Além disso, líderes das pesquisas de intenções de votos para eleições presidenciais brigaram por direito de resposta
O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trocaram acusações durante o debate realizado pela Rede Globo na noite desta quinta-feira (29). Além disso, os líderes das pesquisas de intenções de votos para as eleições presidenciais brigaram por direito de resposta no último encontro entre candidatos antes do primeiro turno, marcado para ocorrer no domingo (2).
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Os outros cinco presidenciáveis que participaram do programa promovido pela TV Globo foram Ciro Gomes (PDT), Luiz Felipe D’Ávila (Novo), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil) e Padre Kelmon (PTB).
O embate que contou com a apresentação de William Bonner teve mais de três horas de duração. No total, foram dez direitos de respostas concedidos, Bolsonaro e Lula tiveram quatro, cada um; Kelmon e Soraya, um, cada um.
No primeiro bloco, Lula e Bolsonaro trocaram acusações sobre a corrupção. O petista teve direito a quatro revides, enquanto o atual presidente, teve direito a dois.
O ex-presidente solicitou para rebater ataque de Bolsonaro, que havia o chamado de “chefe de uma grande quadrilha” e “cleptocracia”. Na suia resposta, o petista disse que seu principal adversário deveria saber o que “foi a quadrilha da vacina” — em referência ao imunizante Covaxin, alvo de escândalo na pandemia após denúncias feitas na CPI da Covid, no ano passado.
“Eu só esperava que em um debate entre pessoas que querem ser presidente da República, o atual presidente tivesse um mínimo de honestidade, um mínimo de seriedade. Ele falar que eu montei quadrilha? Com a quadrilha da rachadinha dele, que ele decretou sigilo de 100 anos, com a rachadinha da família, sabe, do Ministério da Educação, com barras de ouro? Ele falar de quadrilha comigo? Ele precisava se olhar no espelho e saber o que está acontecendo no governo dele. Ele saber o que foi a quadrilha da vacina!”, disse Lula no primeiro direito de resposta.
E, Bolsonaro, rebateu: “Mentiroso! Ex-presidiário! Traidor da pátria! Que rachadinha? Rachadinha é teus filhos roubando milhões de empresas, após a tua chegada ao poder. Que CPI é essa? Da farsa? Que você vem defender aqui. O que achou a meu respeito? Nada! Que dinheiro de propina? Não teve propina, propina teve o seu Carlos Gabas, do Consórcio do Nordeste! Dos governadores amigos teus! Que foi descoberto em 50 milhões de reais, e nada foi apurado”.
Lula e Bolsonaro também foram confrontados por Ciro Gomes e Simone Tebet nos primeiros blocos. O pedetista falsou sobre corrupção e orçamento secreto para criticar os líderes da pesquisa. Já a emedebista aproveitou a pandemia para destruir a imagem do atual chefe do Executivo.
Outro confronto que viralizou nas redes sociais foi entre Soraya e Padre Kelmon. A candidata do União Brasil chamou o oponente de “padre de festa junina e cabo eleitoral de Bolsonaro”. No decorrer do programa, o candidato do PTB foi repreendido várias vezes por Bonner por não seguir as regras do debate.
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