Isso já ocorreu antes, mas nunca com um conflito ativo no continente
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), uma aliança militar liderada pelo Estados Unidos, iniciou nesta segunda-feira (17) seu exercício anual de simulação de ataques nucleares na Europa. A Rússia deverá começar sua versão da manobra antes do fim da ação ocidental.
Isso já ocorreu antes, mas nunca com um conflito ativo no continente, iniciado pela Rússia quando invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro.
"Ao se negar a adiar ou cancelar o Steadfast Noon ("meio-dia com firmeza", um código do exercício), a Otan pode criar de forma não intencional a impressão de que ambos os lados estão sacudindo suas espadas nucleares em meio a uma grande guerra", afirmou em artigo Hans Kristensen, um dos maiores especialistas em armas nucleares do planeta.
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"Isso pode minar a habilidade de estigmatizar o comportamento nuclear irresponsável da Rússia", disse o especialista, que dirige o projeto de informações nucleares da prestigiosa Federação dos Cientistas Americanos.
Desde as vésperas da guerra, o presidente Vladimir Putin vem usando a carta nuclear: fez um exercício de armas estratégicas poucos dias antes da invasão e, quando disparou o conflito, ameaçou quaisquer países que interferissem na sua ação sugerindo o uso da bomba.
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