Margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos dentro de um intervalo de confiança de 95%
Durante os atos de 7 de Setembro, imagens de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) circularam nas redes sociais nos últimos dias, acompanhadas de perguntas ou estimativas sobre a quantidade de pessoas ali. O Monitor do debate político da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Pulso, do jornal O Globo, calculou que 34 mil pessoas foram à Paulista e 64 mil se concentraram em Copacabana.
Foram feitos estudos sobre o comportamento e o perfil dos presentes nas duas avenidas durante as manifestações.
Leia também:
Presidente assina livro de condolências pela morte da rainha Elizabeth
Forças Armadas apuram paralelamente 385 urnas em tempo real
Avenida Atlântica, Rio de Janeiro
Na avenida Atlântica, no Rio de Janeiro, foram feitas 614 entrevistas distribuídas proporcionalmente ao logo do ato, entre 12h e 16h30. A margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos dentro de um intervalo de confiança de 95%.
Do público presente na avenida, quase 91% dos entrevistados eram brancos, de renda elevada e com educação superior completa. Já 69% eram favoráveis a uma "intervenção militar constitucional se as eleições fossem fraudadas".
O levantamento apontou ainda que 71% dos entrevistados disseram não confiar no resultado das urnas eletrônicas. Apenas 15% disseram crer nos equipamentos. Entre os mais novos, o número é um pouco menor: 25% deles dizem não ser favoráveis a uma intervenção militar.
O sentimento antipetista também ganhava destaque na avenida Atlântica. Dos entrevistados, 77% se disseram antipetistas, apenas 11% se consideravam "nada antipetistas" e 9%, "um pouco antipetistas". Por outro lado, 0% era de esquerda, 5% eram de centro e 82% se assumiram de direita.
Avenida Paulista, São Paulo
Na avenida Paulista, 575 pessoas foram entrevistadas entre 13h30 e 16h. A margem de erro também é de 4 pontos percentuais em um intervalo de confiança de 95%.
Entre os presentes, 68% se disseram favoráveis a uma "intervenção militar constitucional se as eleições forem fraudadas". Apenas 25% rejeitaram a ideia. Sobre as urnas eletrônicas, 72% disseram não confiar no equipamento, contra apenas 15% que não enxergam problema nela e 12% que afirmaram não saber.
O público da paulista também era majoritariamente branco (62%). Pardos somaram 27%, pretos, 6%; e outros, 4%. A maioria cursou nível superior (65%) e ganha mais de cinco salários mínimos (44%). Apenas 8% revelaram ganhar até 2 salários. Os católicos representavam 49% e os evangélicos, 25%.
O antipetismo também se fez presente: 78% se disseram "muito antipestistas", contra 10% "pouco petista" e outros 10% “nada petista".
Siga o PNotícias no Google Notícias e receba as principais notícias do dia em primeira mão.