Maior tragédia socioambiental da história do Brasil completou oito anos no início do mês
A Justiça Federal retoma o julgamento dos acusados pelo rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais. Os réus começaram a ser interrogados na última segunda-feira e voltam uma semana depois, nesta segunda (13).
A previsão é de que nesta segunda sejam ouvidos os representantes legais da Samarco (pessoa jurídica), a partir das 10h, além de Paulo Roberto Bandeira, representante da Vale na Governança da Samarco, e Samuel Santana Paes Loures, engenheiro da consultoria VogBR, bem como a própria VogBR (pessoa jurídica), a partir das 13h.
As empresas Vasle e BHP Billiton foram ouvidas na última quinta-feira (9), assim como Germano da Silva Lopes, gerente operacional da Samarco à época do desastre, no dia 6, os gerentes operacionais Daviely Rodrigues Silva e Wagner Milagres Alves, no dia 7, o diretor de operações e infraestrutura da Samarco, Kleber Terra, e o diretor-presidente da empresa na ocasião, Ricardo Vescovi de Aragão, no dia 8.
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No dia 5 de novembro, a maior tragédia socioambiental já ocorrida no Brasil completou oito anos. A ruptura da barragem despejou mais de 40 milhões de m³ de rejeitos no rio Doce, que percorreram 600 quilômetros até alcançar o mar, afetando, diretamente, 49 municípios mineiros e capixabas, e matando 19 pessoas. Apesar das mortes, nenhum réu é julgado por homicídio.
De acordo com o Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF), as 21 testemunhas da acusação e da defesa já foram ouvidas. A demora na tramitação do processo já causou a prescrição de dois crimes ambientais: destruição de plantas de logradouros públicos e propriedades privadas alheias e destruição de florestas ou vegetação fixadora de dunas e protetoras de mangues.
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