Defesa havia alegado que empresário fazia parte do grupo de risco da Covid-19
O promotor João Manoel Santana Rodrigues, do Ministério Público da Bahia (MP-BA), se manifestou em desfavor ao pedido de relaxamento da prisão de Iuri Sheik, empresário acusado de matar William Oliveira no ano passado. No pedido feito pela defesa do empresário, foi alegado que Sheik estava há mais de 435 dias em privação de liberdade e em situação de vulnerabilidade à Covid-19 por fazer parte do grupo de risco.
Em contrapartida, o promotor afirmou que “o prazo para encerramento da instrução criminal não pode ser analisado de maneira matemática, fatalista, diante das inúmeras peculiaridades e particularidades de cada feito, cuja complexidade, dentre outros fatores, deve ser analisada para aferição da razoável duração do processo”.
João Manoel Santana Rodrigues escreveu ainda que o caso é complexo e “que apenas por parte do Ministério Público ensejou a indicação da oitiva de nada menos do que 8 testemunhas, além de 6 testemunhas arroladas pela defesa, em um total de 14 testemunhas, sendo 13 delas residentes em Salvador, o que enseja a necessidade da expedição de carta precatória para suas oitivas judiciais, contribuindo com um prazo mais dilatado para realização e encerramento da instrução”.
O documento foi assinado no dia 13 de agosto e protocolado perante a 1ª Vara Criminal de Santo Antônio de Jesus. A ação está conclusa e aguarda decisão interlocutória do magistrado.