Backer é investigada sobre síndrome desconhecida que matou uma pessoa em Minas Gerais
A Cervejaria Backer informou, neste sábado (11), que irá parar seus processos de produção na fábrica, no bairro Olhos D’água, na Região Oeste de Belo Horizonte, para fazer vistoria completa.
Segundo o G1, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) interditou a fábrica na última sexta-feira (10). Técnicos do ministério foram ao local e decidiram periciar todos os lotes de cerveja. O Mapa apreendeu 16 mil litros de cerveja e está fazendo análises laboratoriais em amostras.
A interdição foi confirmada pela empresa na manhã deste sábado (11). O advogado da empresa disse que irá recorrer da decisão do Mapa após notificação.
Síndrome desconhecida
Chamada pelas autoridades de síndrome nefroneural, atingiu até o momento 10 pessoas em Minas Gerais. Uma delas morreu. A Polícia Civil investiga se o consumo da cerveja Belorizontina, da Backer, tem relação com a síndrome desconhecida.
Um laudo da Polícia Civil identificou a substância tóxica dietilenoglicol em amostras do lote 1348 da Belorizontina, das linhas de produção L1 e L2, na última quinta-feira (9). Ela é usada em serpentinas no processo de refrigeração de cervejas.
Segundo a polícia, exames de sangue de três pacientes identificaram o dietilenoglicol.
Entenda o que é o dietilenoglicol
Em nota a Backer afirmou que não utiliza o dietilenoglicol no processo de fabricação de qualquer bebida, inclusive a Belorizontina. A empresa disse ainda que que vai trocar ou devolver o dinheiro ao consumidor que tiver a Belorizontina de qualquer lote.
O lote 1348, das linhas de produção L1 e L2 , da cerveja Belorizontina, fabricada pela Backer, foram vendidos para Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal, segundo a empresa. Este lote produziu cerca de 33 mil garrafas. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária determinou nesta sexta-feira (10) o recolhimento do produto em todo o país.