Ex-prefeito de Salvador defende realização de dois debates em pool de veículos de comunicação
O pré-candidato ao governo da Bahia, ACM Neto (UB), criticou o atual formato dos encontros por todo o Brasil. O ex-prefeito de Salvador defende a realização de dois debates em pool de veículos de comunicação.
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Durante entrevista à Rádio Sociedade da Bahia, na manhã desta terça-feira (2), Neto disse que os debates não estão sendo úteis para a população no atual modelo. “Me desagrada muito o modelo, porque é muito engessado. Você participa de um debate que, ao todo, você só tem a possibilidade de falar pouco mais de 10 minutos. Você não consegue explorar o que seu adversário pensa de fato. O que ele pretende dizer de fato. Você fica ali engessado, obrigado a seguir regras que acabam, infelizmente, dando pouco resultado para quem está assistindo. O que eu sugeri é que os veículos de comunicação, caso entendessem possível, se juntassem em pool e organizassem dois debates. Acontece assim nos Estados Unidos. Lá, junta todo mundo. TV, rádio, internet e jornal. Junta todo mundo em dois grandes eventos e aí há um debate mais aberto, com mais tempo, e mais franco”, defendeu o ex-prefeito de Salvador.
Criticado pelos adversários por anunciar que não participaria do debate da TV Band, agendado para o próximo domingo (7), ACM Neto ressaltou que sua ausência no encontro se dará por causa de uma “extensa agenda de campanha”, sobretudo no interior do estado.
“Eu tinha duas agendas com, ao todo, 10 municípios, marcadas para sábado (6) e domingo (7). Nós chegamos a questionar a possibilidade de um adiamento do debate, o que foi negado porque é uma data nacional da emissora. A gente entende isso e respeita, é claro, o calendário e a agenda da emissora, mas infelizmente é impossível compatibilizar essas datas”, explicou Neto.
Ainda durante a entrevista, o pré-candidato disse que está analisando a possibilidade de participação em outros debates ao longo da campanha. "Quando eu proponho dois grandes debates em pool é porque aí você já separa, com antecedência, duas datas para fazer aquele evento, além de atender a um número maior de emissoras", disse.
“Não da para fazer nesse formato. O sujeito pergunta uma coisa ali em 30 segundos, depois tem um minuto pra resposta e 30 segundos para a réplica. Infelizmente, no Brasil, não tem havido utilidade. Veja, por exemplo, que nacionalmente os dois principais candidatos, Lula (PT) e Bolsonaro (PL), ainda não confirmaram presença nos debates porque não conseguiram definir esse modelo ideal de debate e conciliar com a agenda”, completou o ex-prefeito.
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