Protesto aconteceu um dia após presidente Jair Bolsonaro voltar a criticar sistema de votação brasileiro
Os delegados e peritos da Polícia Federal defenderam as urnas e disseram que nunca foi comprovada nenhuma fraude no sistema eleitoral. O protesto aconteceu um dia após o presidente Jair Bolsonaro voltar a criticar o sistema de votação brasileiro, desta vez em uma reunião com embaixadores, no Palácio da Alvorada.
Leia também:
Simm e SineBahia oferecem vagas de emprego nesta quarta-feira
Bahia registra 3.386 casos de Covid-19 e mais 13 óbitos
Entidades de juízes, procuradores e advogados também já se posicionaram. O movimento tem sido observado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os interlocutores do presidente da corte, Edson Fachin, analisaram que o tom aplicado pelo ministro na véspera para rebater o chefe do Executivo surtiu efeito e gerou reações de diferentes setores da sociedade. Depois de Bolsonaro voltar a divulgar "fake news" sobre as urnas, o ministro disse que era hora de dizer "basta" aos ataques ao sistema eleitoral do país.
A nota foi assinada pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) e a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol).
No texto, as três instituições manifestaram "total confiança" na Justiça Eleitoral e recordaram que a PF é um dos órgãos do Estado que tem por atribuição garantir a lisura e segurança das eleições. O texto também indicou que, desde a redemocratização, o pleito acontece "sem qualquer incidente que lance dúvidas sobre sua transparência e efetividade".
"É importante reiterar que as urnas eletrônicas e o sistema eletrônico de votação já foram objeto de diversas perícias e apurações por parte da PF e que nenhum indício de ilicitude foi comprovado nas análises técnicas", disseram as entidades.
A nota afirmou ainda que peritos da Polícia Federal têm participado, ano após ano, de testes públicos de seguranças promovidos pelo TSE e que, até o momento, "não foi apresentada qualquer evidência de fraudes em eleições brasileiras".
"Acatar a legislação eleitoral vigente e respeitar a Constituição, bem como as decisões democráticas são imprescindíveis a todo e qualquer representante eleito ou postulante a cargo eletivo", afirmaram.
As três entidades disseram também ter "total confiança" que, neste ano, "o povo brasileiro escolherá seus representantes de forma transparente e republicana como sempre fez".
Siga o PNotícias no Google Notícias e receba as principais notícias do dia em primeira mão.