Delegado da PF acusa interferência de superiores no caso do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro. Internet aponta Bolsonaro e faz críticas nas redes sociais
Em mensagens enviadas à equipe da Polícia Federal, o delegado Bruno Calandrini, afirmou que houve interferência na condução da operação que prendeu o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Na carta, divulgada pela Folha de São Paulo, o delegado afirma que Ribeiro deveria ter sido conduzido para a Brasília, segundo a decisão que autorizou a prisão. Mas que isso não teria ocorrido em função de uma decisão superior.
"O deslocamento de Milton para a carceragem da PF em SP é demonstração de interferência na condução da investigação. Por isso, afirmo não ter autonomia investigativa e administrativa para conduzir o inquérito policial deste caso com independência e segurança institucional", afirma.
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Por fim, o delegado também aponta que o ex-ministro da Educação teve regalias:"foi tratado com honrarias não existentes na lei, apesar do empenho operacional da equipe de Santos que realizou a captura.”
A Polícia Federal informou que vai apurar o caso, mas negou os boatos de interferência na operação. Enquanto isso, nas redes sociais, os usuários apontam que a denúncia se refere a decisões de Jair Bolsonaro. Além disso, em uma live, o presidente amenizou a acusação contra o ex-ministro. “Não foi corrupção, da forma que está acostumado a ver em governos anteriores (...), foi história de fazer tráfico de influência”, disse.
Assim, a tag ‘Bolsonaro defende bandido’ ficou em alta na manhã desta sexta-feira (24/6). Além de críticas ao caso de Ribeiro, os internautas recuperaram casos anteriores de acusações de corrupção a pessoas ligadas ao presidente.
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