Ex-ministro da Educação foi preso na quarta-feira (22)
Em nota divulgada nesta quinta-feira (23), a Polícia Federal (PF) afirmou que abriu um procedimento para apurar uma eventual interferência nas investigações contra o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro.
A PF se manifestou após o jornal Folha de S. Paulo ter divulgado que o delegado Bruno Calandrini, responsável pelo inquérito contra Ribeiro, enviou mensagem a colegas dizendo que a investigação teria sido "prejudicada" por causa de um "tratamento diferenciado" dado ao ex-ministro.
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"Considerando boatos de possível interferência na execução da Operação Acesso Pago e objetivando garantir a autonomia e a independência funcional do Delegado de Polícia Federal, conforme garante a Lei nº 12.830/2013, informamos que foi determinada a instauração de procedimento apuratório para verificar a eventual ocorrência de interferência, buscando o total esclarecimento dos fatos", disse a PF na nota.
Segundo a Folha, Calandrini teria dito a colegas que não teve "autonomia investigativa para conduzir o inquérito deste caso com independência e segurança institucional".
Ribeiro foi preso na quarta-feira (22), alvo da operação batizada de Acesso Pago. O ex-ministro é suspeito de ter participado de um suposto esquema de corrupção enquanto era ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura também são alvo das investigações. Além de Ribeiro, Santos e Moura, também foram presos na quarta (22) o advogado e ex-assessor do MEC, Luciano de Freitas Musse, e o ex-assessor da Prefeitura de Goiânia, Helder Bartolomeu.
O desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, liberou os cinco nesta quinta-feira (23).
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