Funcionária pública é acusada de liderar quadrilha composta por indivíduos ligados à polícia e ao mundo do crime
Em meio às acusações feitas contra a delegada e diretora do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), Maria Selma Pereira, a Polícia Civil informou ao PNotícias que já existe um procedimento investigatório a respeito da delegada na Corregedoria da instituição (Correpol). A funcionária pública foi acusada pela também delegada Carla Ramos de ser líder de uma quadrilha que conta ainda com a participação da DPC Gloria Izabel Santos, além de uma rede de indivíduos ligados à polícia e ao mundo do crime.
De acordo com o documento encaminhado pela delegada Carla Ramos ao Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (GAECO), do Ministério Público da Bahia, que foi vazado nos últimos dias, Maria Selma e Gloria Izabel também estariam envolvidas na liberação de indivíduos considerados de alta periculosidade e com mandado de prisão em aberto.
A funcionária pública chegou a ser exonerada do cargo de diretora do DCCP na última sexta-feira (4), mas segundo ela, já esperava: “Eu estou em licença prêmio desde julho. Então eles até me mantiveram no cargo, mas ficou demorando de me exonerar por conta do governador que está com muita coisa pra fazer. Mas eu já era pra ter sido exonerada desde julho porque quem está num cargo de direção não pode pedir licença prêmio como eu pedi”, disse em entrevista ao PNotícias. Ela afirmou ainda que, após 15 anos de profissão, estaria “cansada” e que chegou a protocolar um pedido de aposentadoria.
O PNotícias entrou em contato com a Polícia Civil que informou que tomou conhecimento das acusações recentes sobre a delegada de forma extra-oficial e que está apurando as informações. “A Polícia Civil esclarece que a Corregedoria da Instituição (Correpol) tomou conhecimento sobre um relatório com denúncias, de forma extraoficial, na sexta-feira (4) e iniciou as apurações”, disse.
Questionada pela reportagem se existem procedimentos investigatórios abertos em nome das delegadas acusadas, a Polícia Civil informou que há um procedimento em andamento na Corregedoria relacionado à Maria Selma, mas negou que existam investigações a respeito de Gloria Izabel.
Confira nota na íntegra:
“A Polícia Civil esclarece que a Corregedoria da Instituição (Correpol) tomou conhecimento sobre um relatório com denúncias, na sexta-feira (4) e iniciou as apurações. Também informa que um procedimento relacionado a diretora do Departamento se encontra em andamento na Correpol. Acrescenta que a exoneração da diretora e de outros servidores são atos administrativos dentro de um processo natural de aperfeiçoamento do trabalho, que ocorrem periodicamente”.
A Polícia Civil não informou, porém, de quando é essa investigação e nem qual seu objeto e prazo para conclusão.