Defesa do médium afirma que denúncias seria forma de vingança ao líder espírita
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) recebeu, através da Ouvidoria das Mulheres, relatos de que o líder do templo espírita Amor Supremo, localizado no bairro do IAPI, em Salvador, teria cometido abuso sexual contra fiéis. Pelo menos quatro supostas vítimas utilizaram o canal que pertence ao Conselho Nacional do MP para acusar médium Kléber Aran Ferreira da Silva, de 46 anos.
De acordo com o G1, a defesa do médium afirmou que as denúncias são falsas. Segundo Pedro Acioli, advogado de Kléber, os denunciantes teriam combinado a história como forma de se vingar do médium por não terem uma promoção na hierarquia do templo.
"Essas pessoas que denunciaram são pessoas que se conhecem, que eram voluntárias do centro, ou seja, desmistifica a ideia de que elas não se conheciam, que eram pessoas diferentes falando a mesma história, o que daria veracidade ao fato. São pessoas que combinaram o discurso, se conhecem, saíam todas juntas com o médium, com a esposa dele. Todos saíam, bebiam fora, enfim. Eram amigos, na realidade", disse.
A promotora de Justiça que coordena o Grupo Especial de Defesa da Mulher e da População LGBT (Gedem), Sara Gama, informou que os relatos serão distribuídos para que promotores tomem as medidas cabíveis. "O que nós temos hoje, e nós fomos recepcionados através da Ouvidoria das Mulheres, do Conselho Nacional do Ministério Público, são quatro relatos – três mulheres e um homem – dando notícias a respeito de possíveis crimes de abusos sexual, importunação, violação sexual mediante fraude", explicou.
"São vários tipos [de crime] que a gente pode encaixar. Ainda é uma notícia desse fato e o procedimento agora é justamente de que o Ministério Público vai tomar os passos devidos para fazer a representação [da queixa]", completou.