Além desta, Coaf registrou “outras transações suspeitas”; Ministério Público investiga
O sargento da Polícia Militar Diego Sodré de Castro Ambrósio, suspeito de envolvimento em esquema de “rachadinha”, afirmou que recebeu R$ 16,5 mil do deputado estadual Flávio Bolsonaro, um dos filhos do presidente da república, na Associação Legislativa do Estado do Rio de janeiro (Alerj). De acordo com o jornal O Globo, o PM pagou um boleto para a mulher do parlamentar e foi ressarcido “em dinheiro”.
“O meu extrato naquele dia [do pagamento do boleto], eu estava devendo uns R$ 5 mil ao banco, no limite. Quando paguei a conta de R$ 16,5 mil, passei a dever R$ 21 mil e como eu ressarci essa conta? Tirei da conta da minha empresa e botei na conta pessoal, entendeu? Tá lá o pagamento e no outro dia a transferência de 21 mil da conta da minha empresa para a minha conta e zero. A única maneira, eu vi, eu recebi isso em dinheiro. Entendeu? Dele [Flávio]”, contou Ambrósio.
O sargento, entretanto, não soube explicar se o pagamento foi feito em parcelas ou em uma única vez. “A gente está falando de R$ 16 mil, não de R$ 1,6 milhão. É um dinheiro que você carrega no bolso”, disse.
Segundo o procurador Sérgio Pinel, responsável pelas investigações acerca de Flávio e Ambrósio, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) registrou o pagamento de um boleto no nome de Fernanda Bolsonaro, esposa do atual senador, no valor em questão, datado de 2016, além de “outras transações suspeitas”. O caso foi transferido para o Ministério Público do Rio de Janeiro.