Jorge Portugal morreu nesta segunda-feira (3)
O cardiologista e diretor médico do Hospital Roberto Santos, André Durães, falou sobre a causa da morte do professor e ex-secretário de Cultura da Bahia, Jorge Portugal. Em conversa na TV Bahia, na manhã desta terça (4), ele disse que Jorge já chegou ao hospital num estado crítico e explicou o motivo do quadro ter se agravado.
“O paciente chegou na sala vermelha de emergência do Hospital Roberto Santo já em estado extremamente crítico. Com um quadro de choque cardiogênico e ele já tinha o relato do Samu de ter apresentado paradas cardiorrespiratórias”, começou.
Falando mais sobre a doença, ele explicou o que aconteceu com o professor: “O choque cardiogênico é quando a bomba cardíaca, o coração, perde a capacidade de bombear o sangue de maneira efetiva, de maneira adequada, gerando o sofrimento de vários órgãos por falta de oxigênio, por falta de nutrientes. Dentre esses órgãos, o cérebro é um dos primeiros a sofrer e aí o paciente pode apresentar um estado comatoso, uma crise compulsiva, lesões cerebrais, muito semelhantes a um AVC. Causa uma lesão também nos rins, falência dos rins, causa lesões também no fígado, com isquemia do fígado. Então, é um caso muito grave e muitas vezes irreversível. Porque tem várias etiologias, depende da idade, do tempo de apresentação, da causa; é uma situação muito crítica”.
Por fim, ele falou sobre a causa do quadro no professor Jorge Portugal. “A causa mais comum em adultos, sem dúvida, é o infarto. O indivíduo tava bem, tem um infarto e isso causa uma disfunção do músculo do coração. Uma grande área para de funcionar e o sangue para de ser bombeado. No caso dele, ele já tinha um problema cardíaco; eu conversei com a equipe médica que já acompanhava ele em outro hospital, conversamos com a família também, e ele já tinha um problema cardíaco. Ele tinha insuficiência cardíaca, que é quando o coração cronicamente perde essa capacidade e na ocasião ele agudizou. Como ele já não tinha uma reserva, o coração dele já era frágil, ele não suportou manter uma circulação sanguínea adequada e entrou num quadro muito similar a um colapso circulatório”, contou.
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