Eliana Gonzaga de Jesus foi a entrevistada do programa PNotícias desta quinta-feira
A prefeita de Cachoeira-BA, Eliana Gonzaga de Jesus (Republicanos), foi a entrevistada do programa PNotícias, da Piatã FM, na manhã desta quinta-feira (29). Na conversa com o apresentador Jorge Araújo, ela denunciou as ameaças de morte que tem recebido desde que foi eleita nas últimas eleições. Eliana também rebateu os comentários do ex-prefeito da cidade, Tato Pereira (PSD), que disse que ela estaria sofrendo de síndrome do pânico.
Confira a entrevista na íntegra:
PNotícias: Prefeita, como estão acontecendo essas ameaças de morte que a senhora vem sofrendo?
Eliana Gonzaga: A cada dia nós estamos conseguindo cumprir a nossa missão que é trabalhar para o povo de cachoeira. Não estou dormindo em Cachoeira por conta dessas ameaças desde as eleições. Trabalhamos todos os dias em prol da população e isso é gratificante. Não vamos nos acovardar, jamais irei renunciar, como tenho recebido recados e conselhos de determinadas pessoas que não representam a nossa sociedade cachoeirana. Estão me dizendo que se eu renunciar, tudo isso acaba, mas jamais vou renunciar. O sangue dos antigos guerreiros que deram o grito de independência do Brasil e da Bahia não permitem recuar jamais.
PNotícias: O ex-prefeito de Cachoeira, Tato Pereira, afirmou em entrevista que a senhora poderia estar sofrendo de síndrome do pânico e sugeriu que procurasse um tratamento psicológico. O que você tem a dizer sobre?
Eliana Gonzaga: Eu fiquei muito surpresa pelo comportamento dele. Eu esperava uma solidariedade, porque eu não considero inimigo nenhum grupo político que não trilhe o mesmo caminho que o meu, considero como adversário. Nunca tive inimigos. Depois do resultado das eleições, se deu tudo isso. Cabe à polícia realizar todas as investigações, estamos contando também com o apoio do serviço de inteligência da Polícia Cvil, a promotora pública do Estado nos convidou para uma reunião. Ela se colocou em inteira disposição e não medirá esforços até elucidar esses crimes. Como isso pode ser síndrome do pânico se nós temos provas contundentes das ameaças e sobretudo dos assassinatos que aconteceram? Ivan Passos, nosso militante, dois dias após as eleições, foi assassinado com 10 tiros, o número que representa o nosso partido. Ele apoiou a nossa candidatura. Após isso, surgiu uma lista de ameaça de diversos militantes que nos apoiaram. Inclusive com o nome de meu marido e do meu filho caçula. O segundo dessa lista, Orlando, também foi assassinado. Será que isso se configura síndrome do pânico? Mania de perseguição?
PNotícias: Nós queremos ver quem mandou matar, preso. As autoridades estão atrás disso, correto?
Eliana Gonzaga: No dia 2 de dezembro, recebi uma ligação. Quando eu atendi o celular, foi uma rajada de metralhadora. Quando encerraram os tiros, a ligação caiu. Eu registrei um B.O com o número do celular e está sendo investigado. Inclusive, 14 de abril estávamos realizando uma ação de drive-thru da campanha de vacinação contra a Covid-19. E dois elementos numa moto ao perceberem minha presença, fizeram a volta, se esconderam atrás de uma árvore e ficaram me observando e me apontando. E os polícias que estavam lá, perceberam e começaram e encarar os dois. Após isso, eles arrancaram e partiram com a moto. Isso também é síndrome de pânico?