Deputado federal Sargento Isidório fala sobre comentários de “inimigos”, critica Pulo Guedes e diz que iria a show da Daniela Mercury - PNOTÍCIAS

[Deputado federal Sargento Isidório fala sobre comentários de “inimigos”, critica Pulo Guedes e diz que iria a show da Daniela Mercury] — Entrevistas
Deputado federal Sargento Isidório fala sobre comentários de “inimigos”, critica Pulo Guedes e diz que iria a show da Daniela Mercury
08 de Abril de 2021 às 15h42 - Por: Redação PNotícias (@portalpnoticias) Foto: Reprodução // BNews

Pastor Sargento Isidório foi o entrevistado do programa PNotícias, da Piatã FM, nesta quinta-feira

Deputado federal eplo Avante, o Pastor Sargento Isidório explicou em entrevista ao programa PNotícias, da rádio Piatã FM, nesta quinta-feira (8), quais são as propostas discutidas em Brasília para amenizar os efeitos da pandemia da Covid-19 no Brasil, se posicionou a respeito do valor do auxílio emergencial oferecido pelo governo federal aos cidadãos e criticou a postura do ministro da Economia, Paulo Guedes.

O parlamentar também falou sobre Daniela Mercury, com quem teve rixas, se mostrando disponível para ir a um show da artista e rebateu comentários sobre o valor do botijão de gás, que fez parte do seu discurso para eleição, além de adiantar para o apresentador Jorge Araújo, o comentarista Rafael Albuquerque e para os ouvintes quais são seus próximos passos na política.

Confira entrevista na íntegra:

Jorge Araújo: o senhor está melhor? Está curado?
Pastor Sargento Isidório: pra situação que eu estive, quase nove dias de dores na nuca, na cabeça, eu estou bem demais da conta, graças a Deus. Assim que eu cheguei em casa, de tanta alegria que eu fiquei, eu toquei logo um pandeiro. Peguei um abacaxi, peguei cenoura, peguei melão, banana e disse pra fazerem suco. Tomem suco de tudo. Então graças as orações de todo mundo aí, eu tô bem graças Deus, voltando a orar por todos e contra essa pandemia miserável.

Jorge Araújo: o que, de fato, aconteceu na última eleição pra prefeito da capital, que o senhor não teve uma avaliação muito boa e não conseguiu eleger seu filho para vereador?
Pastor Sargento Isidório: eu tenho convicção que a mão de Deus não quer este filho meu em política. Meu filho parece uma carranca, é todo fechado. Ele não é político, ele é mais administrador, e Deus pra mim sinalizou. Também aí ficou briga na família, ficou briga em tudo quanto é canto, que eu não dei atenção. Eu não podia pegar ele e sair nas costas, fazendo campanhas, porque eu tinha 130 candidatos e candidatas a vereadores, então eu não podia sair num palanque, sair em cima de uma caminhonete, comigo e com o número dele, eu não pude fazer isso. A campanha de deputado é diferente.

Jorge Araújo: dizem por aí que a sua campanha foi toda pro senador Angelo Coronel e a esposa dele, é verdade?
Pastor Sargento Isidório: isso daí é por causa do partido. Se lembre que o Avante só tinha de 12 a 17 segundos de televisão. Quem emprestou a gente os quase 40 segundos foi o PSD. Eu é que estava falando no horário dele, mas claro que se me deixasse falar mais, eu falava. Mas isso aí é coisa do passado, eu tenho gratidão. A verdade mesmo é que o povo não me vê como gestor e prefeito, embora a gente faça um trabalho aqui na fundação que só vem crescendo. O povo gosta de mim como parlamentar, mas eu tenho alegria. Pra mim o povo, a partir de Deus, é meu patrão e o que o povo fizer comigo, eu respeito. E se não fizer nada comigo, ainda oro pelo povo porque eu sou apaixonado pelo povo e foi o povo que me tirou lá de baixo.

Jorge Araújo: o senhor até botijão de gás carregou nas costas e hoje o botijão está custando quase R$ 100 e o povo está ‘retado’ dizendo que o senhor esqueceu essa bandeira.
Pastor Sargento Isidório: eu não me preocupo com isso porque a depender de quem é o povo que você fala, se for meu inimigo... é só olhar o projeto lá em Brasília. Ainda essa semana eu peguei o ministro João Roma, da Cidadania, e falei do assunto. Esse ano todo estamos lutando pra abaixar [o valor] o gás de cozinha porque o Guedes, quase canalha, prometeu que ia pra R$ 40 e não abaixou o gás de cozinha. Então, a gente tem que entender que eu não sou prefeito, não sou governador nem presidente. Quem baixa preço do gás de cozinha, que regula preço de gás de cozinha é o Executivo. Deputado não abaixa, eu posso multar. Qualquer pessoa que olhar vai ver que em 2019 eu dei entrada num projeto que tá lá botando o gás de cozinha pra R$ 40, e mais do que isso, aqui na Bahia, já por duas vezes nesse mês, o gás foi vendido porá R$ 40. Eu não ‘tô’ brincando, eu sei que o gás de cozinha é produto da cesta básica e pode ser vendido por mais barato, mas a máfia, o cartel, a sacanagem, o roubo que tá aí... Agora, esse inimigo meu que não gosta de mim, não vota em mim, ele vai ficar o tempo todo dizendo isso. O gás pode não abaixar, mas minha luta não vai parar hora nenhuma sobre isso. Mas temos outros projetos, a gente briga, por exemplo, para que o INSS pague os auxílios em 45 dias porque a fila é grande. O pessoal do Fies que já graduou ou que tá devendo, o projeto que dá anistia a esses estudantes, que limpa os nomes é nosso, é baiano. O projeto que retira 50% de salário de vereador, deputado, prefeito, governador, juiz, coronel, general, presidente, de toda a cúpula, é meu também, é projeto da Bahia. Mas o inimigo vai falar de mim porque não vota em mim, mas eu respeito ele, é um direito dele até porque quem paga meu salário é o povo. Quem paga a calçola da minha mulher, que paga a cueca que eu visto é o povo, então eu respeito ele até quando tá querendo bater em mim.
Nós temos muito projeto, quem quiser conhecer Isidório dá uma olhada, entra no site da Câmara Federal, no InfoLab, e dá uma olhada. A gente não tá de braço cruzado nessa pandemia que já matou, de ontem pra hoje, 189 [pessoas]. Estamos falando de quase 200 mortes só na Bahia. A gente também não tá desapercebido não, voltou o auxílio, a “esmola emergência”, esmola porque 150, 200 reais não dá pra nada. Meu projeto que tá lá é de R$ 600 enquanto durar a pandemia. [Sobre] as filas que estavam na Caixa Econômica pra pagar esse auxílio, foi eu que fiz o projeto que botou pra outros bancos.

Rafael Albuquerque: a pergunta gira em torno desse assunto que o senhor falou da proposta pra volta do auxílio pra R$ 600 e que seja pago até o final da pandemia. Falta boa vontade do Congresso em Brasília pra melhorar essa questão do auxílio, pra que ele seja um valor que realmente custeei as necessidades das pessoas?
Pastor Sargento Isidório: eu sou do partido Avante, o Avante até acompanha o governo, é um partido de centro, embora eu não seja mais nem centro, nem Centrão, nem esquerda nem direita. Eu agora quero seguir em frente com Jesus, porque com essa confusão desgraçada que tá aí, essa parafernalha que tão fazendo, vários líderes fazendo mais política do que qualquer coisa. De um lado não respeita a família, do outro quer matar todo mundo dizendo que é gripezinha e quem toma vacina é jacaré. Então hoje eu não sou centro, nem esquerda, nem direita, até porque a Bíblia diz que não é pra desviar nem pra direita nem pra esquerda. Mas os deputados da base de governo de Jair Bolsonaro garantiram manter o auxílio diminuído. Os deputados de esquerda, que eu acompanho muito o voto, não tem jeito; eu não sou de esquerda, mas eu olho no que a esquerda vota. Só tenho medo quando fala de família, eu fico devagar, porque tem um ‘bocado’ de coisa que eu não aceito como nessa semana a gente tava querendo manter o casamento [tradicional], mas existe projeto pra casar um homem com 10 mulheres, uma mulher com 5, 6 homens. É uma cachorrada desgraçada e eu me indignei: ‘Vocês tão querendo afrontar Deus?’.

Rafael Albuquerque: o senhor já fez as pazes com Daniela Mercury? Como é que tá a situação entre vocês dois, o senhor gosta dela?
Pastor Sargento Isidório: a Daniela é cantora. Eu tô esperando ela visitar a fundação Doutor Jesus como outros cantores e autoridades.
Jorge Araújo: ela só vai na fundação se o senhor for em um show dela.
Pastor Sargento Isidório: é... eu posso ir lá, não tem nada não, faço meu cartaz de paz e amor. Eu sou deputado, tenho que andar em tudo quanto é canto. Enquanto deputado, eu não posso deixar de participar de grupos, tenho que respeitar todo mundo, mas quando o homem ou mulher entra na política, ele pertence a todo mundo.

Rafael Albuquerque: voltando a falar de política, o senhor disse que cobrou ao ministro João Roma em relação a questão do gás. Vindo pra política local, como o senhor vê esse racha entre João Roma e o prefeito ACM Neto? Neto publicamente não gostou da ida do deputado que era da base dele, eles eram “amigos-irmãos”, mas foi pro governo de Bolsonaro ser ministro. Neto não gostou, rompeu a relação inclusive os cargos que ele tinha na prefeitura de Salvador foram retirados. Como o senhor avalia essa questão na política local, quem é que tá certo: Neto ou Roma?
Pastor Sargento Isidório: é melhor eu não ser juiz de causa, apenas fazer o comentário político dizendo que a política é como Ulysses Guimarães falava, que como uma nuvem: uma hora tá de um jeito e daqui a pouco tá de outro jeito. Então quem tá brigando agora, daqui a pouco pode tá junto, e quem tá junto agora, daqui a pouco ode separar. Na política, ninguém pode ser quadrado nem fazer política com superbond, você tem que olhar o povo, tem que tá atento à vontade do povo. Então, se num dado momento o grupo que você está não serve mais, você tem convicção que não dá mais pra continuar nele, troca de grupo ou faz solo, fica independente. O João Roma deve tá querendo ir pra outro grupo, tenho que respeitar, ele é ministro, oro por ele.

Jorge Araújo: a gente sabe que o senhor tem o nome forte na Bahia. Vai pra Simões Filho e tem 17 mil votos, vai pra cidade da região metropolitana e é bem votado, vai pra cidade do interior e é a mesma coisa, aqui na capital não é diferente. Político faz política todos os dias, certo? Eu te pergunto já pro ano que vem: o senhor vai mais uma vez pra campanha de deputado federal ou vai perseguir uma majoritária?
Pastor Sargento Isidório: não, rapaz, eu procuro tá bem do meu tamanho. Deus já me deu demais pro que eu mereço. O povo da Bahia já me botou em local muito alto pro que eu mereço e sou eternamente grato aos meus eleitores que votam em mim sem eu ter dado nada a ninguém, apenas sabem que eu tô dentro de uma fundação, que vivo pra isso, pra socorrer. Então, eu tenho o compromisso com o partido de disputar a chapa federal, porque o Avante tem dois deputados federais e um deputado estadual, mas o presidente nacional do partido tá esperando 3 ou 4 deputados. Segundo os cálculos dele, ele acha que eu consigo puxar mais dois deputados na campanha.

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