Geane Santos foi a entrevistada do PNotícias nesta quinta-feira
A ansiedade é um mal que afeta diariamente milhões de brasileiros. Com a chegada do novo ano, as expectativas aumentam ao mesmo tempo que metas são traçadas para que objetivos pessoais sejam alcançados. Pensando nesse tema tão importante, que é a saúde mental, o PNotícias entrevistou, na manhã desta quinta-feira (31), Geane Santos, psicóloga do Sistema Hapvida. Ela comentou sobre os principais sintomas da ansiedade, deu dicas de como superá-la em tempos de pandemia, além de conselhos sobre controlar as expectativas para 2021.
Confira a entrevista na íntegra:
Jorge Araújo: A ansiedade é algo natural do ser humano?
Geane Santos: Todos nós somos ansiosos. Não no sentido patológico, mas todos temos ansiedade no dia a dia. Ficamos ansiosos pra uma viagem, pra que chegue o dia, para as férias, enfim, tem sempre uma ansiedade. Mas ela passa a ser algo problemático a partir do momento que ela rege nossa vida. Se eu não consigo dar conta das minhas atividades por conta da ansiedade, isso é um problema.
Jorge Araújo: Quais são os sintomas da ansiedade?
Geane Santos: Os sintomas são diversos e vão de pessoa pra pessoa. Dificuldade pra dormir, a pessoa faz uma reflexão do dia durante a noite e dificulta o relaxar pra dormir. Mal-estar, aceleração do coração, mas vai muito de indivíduo para indivíduo, não tem um sintoma específico.
Jorge Araújo: Quando falamos em planejamento e metas, mas não conseguimos cumprir todas as metas. Isso é motivo pra frustração?
Geane Santos: As pessoas se frustram muito fácil. É importante se sentir bem por ter conseguido as metas alcançadas. E traçar metas que sejam possíveis, alcançáveis. Muitas vezes na virada do ano a gente tende a fazer metas muitos grandes e distantes da realidade. Diversos momentos as metas que as pessoas não alcançam são metas irreais, e aí leva a frustração.
Jorge Araújo: Nessa pandemia, nós como seres humanos, adoecemos um pouco mais?
Geane Santos: Com certeza, muitos sintomas de ansiedade e depressão, que na maioria das vezes já era presente nessas pessoas e por conta da pandemia se aflorou ainda mais.