Vacina Já é aplicada desde agosto de 2018
A Organização Mundial da Saúde (OMS) comemora a recente aprovação da primeira vacina contra o vírus ebola por reguladores europeus de medicamentos. A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) liberou, pela primeira vez, uma vacina testada na Guiné-Conacri (África), país que tem a maior epidemia da história causada pelo vírus. O produto autorizado pela EMA foi inicialmente desenvolvido com a marca pela empresa norte-americana Merck & Co.
Mais de 236 mil pessoas já foram vacinadas. O número inclui mais de 60 mil profissionais de saúde de linha de frente em território congolês e nos países vizinhos Uganda, Sudão do Sul, Ruanda e Burundi. A nova vacina já é aplicada com as diretrizes de emergência da OMS para proteger as pessoas contra a propagação do vírus ebola, que desde agosto do ano passado já matou mais de 2,1 mil pessoas em território congolês.
O atual surto de ebola é o segundo maior da história, após a epidemia que matou mais de 11,3 mil pessoas na África Ocidental entre 2013 e 2016. A OMS anunciou que atua com a Aliança Global para as Vacinas e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) nesta área, antevendo que nos próximos anos haverá maior demanda de vacinas contra o ebola durante e entre surtos.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) a meta é criar um Plano Global de Segurança de Vacinas contra a doença, porque será necessária uma maior capacidade de oferta e vários fabricantes a curto e médio prazos para atender a essa demanda e garantir a segurança do medicamento. Atualmente existem oito vacinas contra o ebola em processo de avaliação clínica. A OMS trabalha com parceiros para criar um mecanismo governamental coordenado em nível internacional para garantir o acesso ao produto de acordo com os critérios de risco.