Segundo documentos obtidos, de 2019 a julho de 2022, a Corregedoria recebeu 883 relatos de assédio moral, e 205 de assédio sexual
A Corregedoria da Caixa Econômica Federal recebeu quatro prêmios do Governo Bolsonaro, mesmo com acusações de ter ocultado denúncias de assédio contra Pedro Guimarães. Um dos prêmios, supostamente, seria por ser ágil na punição de agentes públicos que cometeram irregularidades.
No ano passado, a Caixa recebeu o prêmio de terceiro lugar na categoria "responsabilização de agentes públicos" do Concurso de Boas Práticas da Rede de Corregedorias. A homenagem é promovida pela Controladoria-Geral da União (CGU). A estatal também foi homenageada com o segundo lugar na categoria "responsabilização de entes privados" e com o terceiro por "inovação". Em 2020, a Caixa já havia sido agraciada com o primeiro lugar na categoria "inovação".
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Em dezembro de 2021, a Caixa emitiu um comunicado de comemoração aos prêmios: "Todos esses reconhecimentos expressam os esforços de uma gestão comprometida com a governança, transparência e integridade".
O discurso oficial contrasta com a rotina de assédios na Caixa sob Guimarães, indicado para comandar o banco desde o primeiro dia do governo Bolsonaro. Nesse mandato, houve uma explosão de denúncias de assédio moral e sexual no banco.
Segundo documentos obtidos através da Lei de Acesso à Informação, de 2019 a julho de 2022, a Corregedoria recebeu 883 relatos de assédio moral, e 205 de assédio sexual. De 2015 a 2018, por exemplo, foram 332 de assédio moral, e seis de assédio sexual.
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