Senador comentou também sobre ter mandado Queiroz, “por ventura”, pagar contas
Após o jurista Modesto Carvalhosa protocolar o pedido de impeachment de Augusto Aras, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) defendeu o procurador-geral da República e criticou a Operação Lava Jato. Em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta quarta-feira (5), Flávio disse ainda que “pode ser que, porventura” tenha mandado seu ex-assessor Fabrício Queiroz pagar suas contas pessoais, mas com dinheiro do próprio parlamentar.
"[Augusto] Aras [procurador-geral da República] tem feito um trabalho de fazer com que a lei valha para todos. Embora não ache que a Lava-Jato seja esse corpo homogêneo, considero que pontualmente algumas pessoas ali têm interesse político ou financeiro. Se tivesse desmonte das investigações no Brasil, não íamos estar presenciando essa quantidade toda de operações", afirmou.
Alvo de investigação de esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o filho do presidente Jair Bolsonaro também fez declarações sobre seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, supostamente envolvido na atividade ilegal. Queiroz chegou a ser preso por 22 das, mas, depois da decisão do presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, deixou o presídio para cumprir prisão domiciliar.
"Pode ser que, por ventura eu tenha mandado, sim, o Queiroz pagar uma conta minha. Eu pego dinheiro meu, dou para ele, ele vai ao banco e paga para mim. Querer vincular isso a alguma espécie de esquema que eu tenha com o Queiroz é como criminalizar qualquer secretário que vá pagar a conta de um patrão no banco. Não posso mandar ninguém pagar uma conta para mim no banco?", falou.
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