Presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS) concedeu entrevista ao programa PNotícias, da Piatã FM, nesta segunda-feira
O vereador e presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), Geraldo Júnior (MDB), concedeu entrevista ao programa PNotícias, da Piatã FM, na manhã desta segunda-feira (6). Entrevistado pelo apresentador Dinho Junior, Geraldo comentou sobre a atuação da Câmara diante da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e também sobre os planos para as eleições municipais deste ano.
Geraldo citou algumas medidas adotadas pela Câmara em meio ao cenário de pandemia. Ele contou: “Apesar da pandemia, nós continuamos com sessões semipresenciais. A minha presença física é importante, junto com os servidores da casa, prestadores de serviços da casa. Eu faculto aos vereadores a realização das sessões semipresenciais, ou seja, aqueles vereadores que estão na faixa de risco, aqueles vereadores que, por qualquer razão, não puderem estar de forma presencial, eles podem fazer de forma remota”.
“Nós estendemos as sessões especiais e solenes e proibimos a freqüência externa, ou seja, receber a população como um todo, haja vista que, a orientação dos governantes e especialistas é a do confinamento, do isolamento social. Afastamos todos os funcionários e servidores que se encontram na zona de risco e aí inclui-se também os vereadores que estão nessa mesma faixa etária, oriundos de situações que tivesse uma dificuldade no seu direito de ir vir, em função dessa pandemia. Mantivemos as sessões ordinárias, realizamos 26 sessões”, reiterou.
Além disso, Geraldo relembrou que as instalações da Câmara foram desinfetadas quatro vezes e que foram disponibilizados mais de 120 testes da Covid-19 para os servidores e prestadores de serviço da casa.
Ainda comentando sobre os feitos nesse período, Geraldo Júnior destaca: “Na última semana, nós tivemos – e quando eu falo nós, eu falo dos vereadores da cidade de Salvador – nós tivemos uma vitória muito grande. Essa foi uma luta que cravei desde o início do processo da pandemia, foi a suspensão, uma carência de 90 dias para pagamento dos empréstimos consignados dos servidores da Câmara Municipal de Salvador”.
Sobre o auxílio fornecido a alguns trabalhadores soteropolitanos, o vereador relembra: “Nos últimos 15 dias, aprovamos, por mais um mês, o auxílio aos trabalhadores que estão na situação de vulnerabilidade nas suas atividades e, dentre eles, destacamos aqui os taxistas, mototaxistas, motoristas por aplicativo – acima de 60 anos de idade – para o pagamento de mais uma parcela”.
O apresentador então relembrou a indicação do Consórcio do Nordeste, presidido pelo governador Rui Costa (PT), de que três cidades baianas deveriam parar pelo lockdown, dentre elas, Salvador e perguntou sobre o posicionamento de Geraldo Junior. Vale lembrar que o prefeito ACM Neto (DEM) se posicionou contra esse possível cenário.
Geraldo então ressaltou que, neste momento, disputas políticas devem ser deixadas de lado, porém, concordou com o prefeito ACM Neto, de que o melhor cenário é o de retomada das atividades econômicas, e não o lockdown. “Eu acho que é temerário hoje nós estabelecermos um lockdown na cidade do Salvador”. Ele ainda elogia a atuação de Neto nesse processo de possível reabertura do comércio. Geraldo diz: "O que precisamos é estabelecer um protocolo de reabertura dessas atividades, logicamente, seguindo as orientações de especialistas. Mas nós precisamos, gradualmente, estabelecer a reabertura dessas atividades empresariais”, afirmou.
“Precisamos manter sim o isolamento social, e dentro da abertura dessas atividades empresariais, obedecer a risca esses protocolos. Então eu sou a favor sim de nós estabelecermos, no dia-a-dia, esse protocolo de atividades empresariais, gradativamente, junto com a orientação do corpo técnico ou dos especialistas da área de saúde. Promover uma abertura pacífica e ordeira”, completou.
Dinho Júnior aproveitou a oportunidade para comentar sobre as eleições municipais desse ano, indagando se o vereador será candidato a vice de Bruno Reis (DEM) ou se irá optar por pela reeleição a vereador e presidente da Câmara. Sobre isso, ele pontua: “A gente tem evitado um pouco de falar sobre política (risos), mas, de toda sorte, principalmente agora, em função da prorrogação das eleições para o mês de novembro, há uma necessidade, associada a essa questão de combate à pandemia, de nós começarmos a estabelecer um pensamento em relação as questões das eleições, principalmente minha vida política. Dizer ao cidadão da minha cidade que a expectativa é muito grande”, disse.
“Eu tenho conversado todos os dias com o prefeito ACM Neto, com o vice-prefeito Bruno Reis, logicamente que a prioridade dessas discussões são os efeitos da pandemia. Na ultima semana eu falei que nos próximos 10 dias, no pior das situações, no prazo máximo de 15 dias, eu irei estabelecer uma decisão personalíssima. Mas nessa decisão eu preciso ouvir a minha cidade, a cidade do Salvador. Isso não é nenhuma posição demagógica não. Eu fui eleito pela cidade do Salvador, eu preciso ter a expectativa do que tem essa população quer”, destacou.
Ele ainda relembra que o prefeito ACM Neto e o vice Bruno Reis deixaram ao critério dele essa escolha. Ele afirma que, muito embora, alguns “oportunistas” digam que isso não permanece mais, Neto e Bruno continuam com o mesmo pensamento.
“Eu gosto muito de ser vereador da cidade de Salvador. Eu estou no desafio mais importante da minha vida pública, que é a condução do processo legislativo na cidade de Salvador. Com certeza, mas com muito pé no chão, nós teremos a vitória, nas próximas eleições, do atual vice-prefeito, Bruno Reis, mas devemos respeitar os adversários, respeitar o contraditório”, pontuou.
“Eu entrego muito minhas vidas na mão de Deus, eu deixo isso bem claro, eu tenho orado muito a Deus para que ele toque meu coração para que a decisão que eu venha a tomar, em favor da minha cidade, seja na condição de vice-prefeito, seja na condição de vereador da cidade de Salvador, renovando meu mandato, eu tome uma decisão que venha atender a sociedade”, reiterou.
Questionado sobre como ele observa as costuras políticas para que Ana Paula seja vice de Bruno Reis, Geraldo afirmou que, apesar de reconhecer o trabalho de excelência feito por ela, caso ele não venha a se candidatar como vice, ele irá apoiar algum candidato dos Republicanos.
“Se a minha opção não for encarar a chapa com o vice-prefeito Bruno Reis, a chapa majoritária para disputar essas eleições, o meu candidato será o candidato dos Republicanos”, concluiu.