Departamento de Segurança Interna americano agradeceu suporte do Brasil, que autorizou vinda de voo fretado, mas pediu "mais esforços"
O Brasil recebeu no último sábado (25) um segundo avião fretado pelos Estados Unidos para devolver brasileiros deportados. O país norte-americano agradeceu a boa vontade brasileira, mas cobrou mais esforços do governo para coibir a imigração ilegal, inclusive pagando por futuros voos. O primeiro avião chegou em outubro de 2019.
De acordo com informações do portal Metrópoles, o pedido foi feito pelo secretário adjunto interino do Departamento de Segurança Interna dos EUA, Ken Cuccinelli, em conferência com jornalistas na tarde desta segunda-feira (27)
“Tivemos problemas recentes com o aumento de ilegais vindos do Brasil, mas o governo brasileiro tem sido um bom parceiro na repatriação desses ilegais”, disse a autoridade norte-americana. “Apesar da melhora na parceria, esperamos que o Brasil aja mais ativamente para evitar a imigração ilegal e inclusive leve de volta as pessoas por si mesmo”, completou Cuccinelli, sugerindo que o Brasil pague pelo fretamento aéreo e não os EUA. Até o momento o governo norte-americano arcou com todos os custos da operação.
Viajando algemados
Aproximadamente 50 brasileiros deportados desembarcaram na noite de sexta-feira (24), por volta das 23h30, no Aeroporto Internacional de Confins (MG), vindo de El Paso, no Texas.
Segundo informações da reportagem, todos os homens ou mulheres solteiras estavam com algemas nas mãos e nos pés durante todo o voo. Apenas as mães com filhos não foram algemados.
O presidente Jair Bolsonaro tem defendido o direito dos EUA de proteger suas fronteiras, quando questionado sobre os voos com brasileiros deportados. “Em qualquer país do mundo, onde as pessoas estão lá de forma clandestina, é o direito daquele chefe de Estado usando da lei para devolver esses nacionais”, disse Bolsonaro no último sábado (25).