Líder da legenda, disse através de uma notificação que a parlamentar incorreu em "grave infração ética"
Nesta quinta-feira (12) o presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), decidiu expulsar a deputada Bia Kicis (DF), aliada do presidente Jair Bolsonaro. O líder da legenda, disse através de uma notificação que a parlamentar incorreu em "grave infração ética" e desrespeitou os princípios de fidelidade partidária estabelecidos no estatuto do PSL.
"É notório que a deputada em questão vem realizando campanha em favor do partido em formação denominado 'Aliança', e para tanto desacreditando a agremiação à qual pertence atualmente", escreve Bivar, referindo-se à Aliança Pelo Brasil, partido que Bolsonaro pretende fundar.
Segundo o BNews, o documento afirma que a conduta de Bia Kicis, "pública e reiterada, implica em ofensa inadmissível à imagem do partido, bem como evidencia ação contrária ao programa partidário".
"A gravidade da conduta e os prejuízos que vêm sendo suportados pela agremiação, justificam a gravidade da pena imposta."
O ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE ) Admar Gonzaga afirmou que a expulsão de Bia Kicis "é a absoluta comprovação de ausência de democracia e de respeito mínimo à ordem constitucional". Advogado da Aliança, Admar afirmou também que "uma expulsão dessa ordem é uma mancha na vida de qualquer partido".
De acordo com ele, a decisão só poderia ter sido tomada após a tramitação de um processo interno, em que foi dado o direito do contraditório e à ampla defesa à deputada. "Não temos notícia de que isso tenha acontecido."