Segundo o deputado, mais de 1400 pessoas aguardam diariamente na fila de regulação por uma vaga
O deputado estadual Alan Sanches (DEM) fez um questionamento nesta terça-feira (23), direcionado ao secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, sobre o Estado negar atendimento médico ao menino Rian Santos, de 9 anos, que teve um dos olhos perfurados por um espeto de metal em julho de 2018, em Santa Luzia. A criança ainda aguarda por uma consulta com um neuroloista.
“Temos um sistema de Saúde completamente falido na Bahia e esse caso do garoto Rian é apenas a ponta do iceberg de uma série de negligências que vêm ocorrendo em todos os municípios”, afirmou Sanches. “E depois o secretário vem dizer que a fila de regulação funciona”, alfinetou Alan.
De acordo com a mãe de Rian, Marinalva Santos, o garoto ficou internado durante um mês entre julho e agosto do ano passado e o procedimento com um especialista foi indicado em agosto de 2018 após a criança receber alta médica. O parlamentar criticou também a negligência do Estado em deixar o paciente esperar por um ano para ter uma consulta. “Um caso dessa gravidade não sensibilizou o secretário e nenhuma autoridade pública do setor de Saúde do Estado. Isso é negligência. Mais de um ano esperando por uma consulta com um neurologista”, reclamou.
Na noite desta segunda-feira (22), após a repercussão do caso nas redes sociais e em diversos meios de comunicação, o secretário de Saúde Fábio Vilas-Boas entrou em contato com o diretor da Santa Casa de Itabuna e garantiu o agendamento de uma consulta para Rian.
Alan Sanches destacou que milhares de pacientes aguardam diariamente na fila de regulação por uma vaga e tem que precisam suplicar para serem atendidos. “O paciente tem que pedir pelo amor de Deus para ser atendido. Agora que saiu na mídia o secretário resolve chamar para si a responsabilidade”, frisou o deputado. “A Bahia inteira sabe que é uma via-crúcis conseguir uma consulta em um hospital do estado. Mais de 1400 pessoas aguardam diariamente na fila da Central Estadual de Regulação (CER) por uma vaga”, destacou.