O presidente do TJ movimentou cerca de R$24,4 milhões
Os quatros desembargadores e os dois juízes acusados de venda de sentenças na Operação Faroeste movimentaram cerca de R$ 105 milhões em suas contas bancárias, segundo relatório elaborado pela Polícia Federal (PF) a partir da quebra dos sigilos bancários dos alvos da Operação.
De acordo com a investigação, o presidente do TJ, Gesivaldo Britto, movimentou cerca de R$24,4 milhões, sendo quase R$2,3 milhões sem origem ou sem destino. Dos R$ 12,1 milhões depositados em sua conta, apenas R$ 2,25 milhões foram referentes a salários, indicando ganhos incompatíveis com sua função, segundo o Ministério Público (MPF).
Já nas contas bancárias de José Olegário Caldas, Maria do Socorro Barreto Santiago e Maria da Graça Osório Leal foi revelado que nos últimos seis anos houve movimentação de R$ 22,36 milhões, R$ 17,49 milhões e R$ 13,37 milhões, respectivamente. O juiz Sergio Humberto Sampaio movimentou R$ 14,16 milhões e a juíza Marivalda Almeida Moutinho teve R$ 12,53 milhões de movimentação.
O empresário Adailton Maturino, preso nesta terça-feira (19), é considerado peça fundamental na operação, capaz de comprometer desembargadores e autoridades públicas fora da lista de investigados. Alguns magistrados utilizavam o avião particular e frequentavam restaurantes reservados por Maturino, segundo apuração da coluna Satélite.
Uma equipe já foi montada para dar seguimento às novas etapas da Operação Faroeste.