Fato aconteceu durante julgamento por homicídio na 1ª Vara do Júri do Tribunal de Justiça de São Paulo
Um debate inusitado aconteceu na 1ª Vara do Júri do Tribunal de Justiça de São Paulo. Com toda troca de farpas sendo documentada em ata pública do júri popular, de um suspeito de homicídio, o membro do MP-SP, César Bocuhy Bonilha e o defensor público Rafael Gomes Bedin promoveram um verdadeiro espetáculo durante o julgamento.
O defensor público tentava a desclassificação do crime de lesão corporal ou mesmo a absolvição por clemência. O promotor perguntou a uma das testemunhas envolvidas no caso, que é irmão do réu, se ele era usuário de drogas, ouviu uma negativa como resposta.
Sem perder tempo, Rafael Gomes Bedin acusou César Bocuhy Bonilha de julgar pessoas pela aparência, já que o promotor havia feito tal questionamento para apenas uma das testemunhas. O debate esquentou com a resposta de César Bocuhy, que afirmou não julgar as pessoas de tal maneira. Disse que poderia fazer a pergunta para qualquer pessoa, e decidiu fazê-la ao defensor público. Para surpresa de todos, Bedin respondeu ser usuário de maconha.
Imediatamente o promotor pediu para que fosse registrado em ata que o defensor teria admitido em público ser um "maconheiro". Em seguida, Rafael Gomes Bedin pediu para que fosse registrado que sua resposta foi irônica, devido a pergunta do promotor.
Segundo o site Consultor Jurídico, o réu Renato Fagner Oliveira da Silva, que assistiu a toda a discussão, foi condenado pelo tribunal do júri a 8 anos e 2 meses de prisão sem direito a recorrer em liberdade.