Segundo Alcides Martins, mensagens foram obtidas de forma ilícita
Em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República interino, Alcides Martins, se colocou contrário ao compartilhamento de provas obrigada na Operação Spoofing, que lidou com suspeitos de terem hackeado o procurador da Lava-Jato, Deltan Dallagnol. A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a inclusão das mensagens em recurso de seu pedido de liberdade, negado pelo ministro Edson Fachin.
De acordo com o PGR interino, as mensagens são provas ilícitas e, mesmo se pudessem ser utilizadas, não atestam a inocência de Lula. “Ainda que se admitisse a utilização, nestes autos, da ‘prova ilícita’ de que ora se trata, isso não beneficiaria Luiz Inácio Lula Da Silva nos moldes pretendidos pelos impetrantes, e, tampouco, teria o efeito de lhe devolver a liberdade”, escreveu Martins no parecer.