A Ânima Educação foi alvo de uma determinação da Justiça para que devolva cobranças indevidas e atenda estudantes, mas as queixas continuam
Por entre os corredores da Universidade Salvador (Unifacs), a queixa com relação aos problemas com a administração da faculdade se tornou comum. Uma estudante do curso de Relações Públicas, que preferiu não se identificar, entrou em contato para relatar a sua saga para conseguir terminar a graduação.
Apta a cursar o último semestre da faculdade, a aluna não consegue realizar a matrícula para 2022.2. Isso porque sua mensalidade de abril, que já foi paga, consta como não reconhecida pela instituição. Além disso, a estudante afirma estar recebendo cobranças indevidas da Unifacs.
"Eles estão me cobrando R$ 1.780,00 e é R$ 780,00 a minha mensalidade", diz. Ela acrescenta que o problema é frequente entre seus colegas. "O primeiro semestre inteiro veio com problema [os boletos], vem errado, duplicado", explica.
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Uma ex-aluna da Unifacs também contou ter passado por problemas relacionados ao setor financeiro da faculdade. Formada em abril, a ex-aluna não conseguiu até agora quitar suas dívidas com a faculdade, por erros na emissão de boletos.
"Desde fevereiro, eu não consigo tirar o boleto. Eles vêm com datas de vencimento diferentes da certa", diz. Em outro momento, ela até conseguiu realizar o pagamento, mas não consideraram o desconto da bolsa a qual tinha direito. "Me cobraram o valor integral, sem a bolsa. Tive que ir lá, porque não tem telefone, nem o whatsapp respondem", relata.
Ao ir até a Unifacs para resolver o problema, a ex-aluna ouviu de uma atendente que o portal da instituição estava programado para apresentar um erro para que o estudante desistisse de fazer a solicitação.
Ambas as estudantes ouvidas reforçam que os problemas do tipo começaram quando a Unifacs foi vendida para a Ânima Educação. No final de junho deste ano, a Justiça determinou que a universidade devolvesse cobranças indevidas de estudantes, além de criar um setor específico para o atendimento presencial e virtual de todas as demandas relacionadas aos erros dos novos sistemas eletrônicos implantados pela nima Educação, como cobranças indevidas de mensalidades.
Procurada, a Unifacs não respondeu aos questionamentos da reportagem até o momento da publicação.
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