Segundo parlamentar, vereador Geraldo Júnior surpreendeu todos ao antecipar eleições da Casa
O vereador de Salvador Paulo Magalhães Júnior (UB) concedeu entrevista, na manhã desta quinta-feira (28), ao Programa PNotícias. O parlamentar falou sobre as recentes polêmicas envolvendo a Casa, como por exemplo, o impasse entre vereadores gerado pela reeleição do presidente da CMS, Geraldo Júnior (MDB).
"Já começou errado na convocação da eleição que foi feita de maneira completamente ilegal. Porque não fazia parte do acordo da votação naquele da qual eu participei e o vereador Augusto Vasconcelos também participou. A pauta do acordo encerrava na votação do projeto de Carballal que é um projeto até que eu não via muito sentido que já existe hoje que era o projeto dos elevadores de serviço", disse Paulo Magalhães aos apresentadores Rafael Albuquerque e Jhone Sampaio.
Segundo o vereador, colocar a antecipação da reeleição na pauta foi uma surpresa, já que ninguém teria sido avisado: "Para surpresa de todos nós (vereadores) foi incluído naquela pauta de acordo de votação essa antecipação da eleição que nunca foi tratado na Casa, nem com o Vereador Augusto Vasconcelos que depois me ligou - ele pode até negar hoje em dia - mas ele me ligou para perguntar o que teria sido aquilo que foi votado naquele momento, porque não faz parte do acordo que foi no final da sessão. Não sabíamos o que foi colocado no final. Porque no plenário não tinha mais como. Então já estava vazio no final da sessão e o presidente voltou a antecipação da eleição para a sessão seguinte."
Ainda de acordo com Paulo Magalhães Junior, o prefeito Bruno Reis e o ex-prefeito ACM Neto também foram pegos de surpresa: "No final de semana e na sessão seguinte todos nós fomos surpreendidos. Porque tanto o prefeito Bruno Reis quanto o nosso futuro governador ACM Neto estavam no evento na Codeba. No final do evento chega Geraldo lá todo esbaforido. Foi nesse dia que teve a conversa ao pé do ouvido com ACM Neto e ele comunicou a antecipação das eleições da CMS para aquele dia. Neto não concordou com a decisão e Geraldo insistiu. Neto então disse para ele falar com o prefeito Bruno Reis. Geraldo então procurou o prefeito e disse que precisava fazer a eleição naquele dia."
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Paulo afirmou ao PNotícias ter alertado a Geraldo que sua estratégia não teria como prosperar: "O prefeito também não sabia. Ele (Geraldo) chegou lá na prefeitura conversou com o prefeito e explicou que precisava de qualquer forma fazer a eleição naquele dia. Ele pegou todos nós de surpresa. Como eu, o prefeito Bruno Reis e o ex-prefeito sempre tivemos total confiança no Presidente Geraldo Júnior que não havia precedente em nenhuma capital do Brasil que aquele terceiro mandato é inviável, não tinha como prosperar aquela vontade dele mesmo tendo apoio da Casa que não poderia ser feito por que em todo lugar que foi feito a eleição caiu".
Questionado se, então, o fato de os vereadores terem participado da votação não seria uma forma de legitimar o processo, o líder do governo ma Câmara reconheceu e explicou: "Se cometeu-se o erro de legitimar naquele momento a gente não pode repetir o erro nas comissões, é o que vem acontecendo agora. Ninguém tomou posse nas comissões justamente pensando nisso. Não foi respeitada a proporcionalidade da Casa de cumprir o regimento interno da Casa e a Lei Orgânica do Município dessa eleição vai ser questionada no Superior Tribunal Federal (STF)."
Quando questionado se a movimentação dos vereadores se deu por conta da migração de Geraldo Júnior para a base petista, Paulo negou: "A movimentação não é dos vereadores, é do STF, lá em Brasília. Já nasceu com erros. O Ministério Público foi para questionar a proporcionalidade das condições que precisam ser respeitadas".
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