Entrevistas

Comandante Geral da PM-BA fala sobre Operação Verão, faz balanço de 2019 e comenta fala de Kannário contra a corporação

06 de Dezembro de 2019 às 08h26 - Por: Rafael Albuquerque (@rafaelteescuta)* Foto: PNotícias
[Comandante Geral da PM-BA fala sobre Operação Verão, faz balanço de 2019 e comenta fala de Kannário contra a corporação]

Coronel Anselmo Brandão também falou sobre o início da Operação Verão

O coronel Anselmo Brandão, comandante geral da Polícia Militar da Bahia, foi o entrevistado dessa semana no PNotícias. Brandão fez um balanço do ano, falou das novidades para o próximo ano, e falou de assuntos como o combate às facções criminosas e a declaração do cantor e deputado federal Igor Kannário (DEM) contra a PM-BA. Disse ser contra a descriminalização do uso da maconha, mas se mostrou aberto às discussões sobre a temática: 
"Se nós não levarmos esse problema pra a sociedade, se ficar tratando a droga como problema de polícia, não dá certo. Primeiro temos que mudar os conceitos: o dependente químico não é criminoso, não é marginal. Ele é um doente, dependente. Da mesma forma de quem é viciado em cachaça, em álcool... A sociedade é hipócrita, pois as pessoas acham que quem só quem consome drogas é a comunidade mais sofrida, mais carente. É o marginal, é o bandido. Não é. Todo mundo consome drogas, na sua família, na minha família tem dependente químico", declarou. Confira a entrevista na íntegra abaixo:

PNotícias: fala um pouco sobre a Operação Verão, que foi lançada recentemente.
Anselmo Brandão:
a Operação Verão vai até março e vai mobilizar 23 mil policiais. É bom ficar claro que estamos aumentando o efetivo. Inclusive grande parte do aumento desse efetivo será com o incremento de horas extras. Vamos comprar a folga de nosso policial militar, algo em torno de R$ 2 milhões. Essa operação tem o ponto forte na capital, mas vai funcionar em todo o estado, principalmente nas áreas turísticas e nos grandes eventos. Aqui em Salvador vamos começar em grandes eventos. Já estamos funcionando no Natal do Campo Grande, temos os pontos turísticos cobertos com incremento dessas ações. Vamos também ao interior do estado, principalmente Porto Seguro, Morro de São Paulo, Juazeiro, Maraú, Chapada, etc. Essa operação tem uma amplitude maior porque tem a chegada de mais gente em nosso estado. 

PNotícias: e pega o Carnaval também?
Anselmo Brandão:
 o Carnaval também; na verdade, todas as festas populares. Vamos começar agora em dezembro com a festa da Conceição da Praia, depois temos Itapuan, Bonfim, enfim, até chegar o Carnaval. 

PNotícias: eu lembro que há alguns anos houve aquela polêmica envolvendo os valores que o policial recebe para atuação no Carnaval. Isso já foi pacificado?
Anselmo Brandão:
 já foi pacificado. A cada ano que passa, em cada evento, temos feito a correção dos valores. Só que os valores correcionais são pela inflação. Então, as diárias de Carnaval vêm sempre sendo corrigidas. Isso hoje não é mais queixa. A tropa reconhece que o estado tem uma limitação, mas mesmo com a limitação temos sempre dado o incremento de reajuste nas horas extras. 

PNotícias: essa Operação Verão acontece em conjunto com o policiamento que já é feito na cidade?
Anselmo Brandão:
com certeza. Antes da Operação Verão já temos operações de destaque, como a Operação Cooper, que todos os dias coloca mais policiamento na Orla; nós temos operação na noite, que é o corredor turístico; nós temos a ronda universitária; operação contra roubo a coletivos. Isso continua e a Operação Verão vem como um incremento, vai trazer mais gente, mais viatura, mais força.

PNotícias: tem concurso aberto?
Anselmo Brandão:
isso. Concluímos um dos oficiais, temos o dos soldados aberto. Para soldado são duas mil vagas.

PNotícias: hoje, qual o efetivo total da PM-BA e qual o ideal?
Anselmo Brandão:
 olhe bem, nós temos 32 mil homens e uma previsão de 44 mil, que era o ideal, o previsto. Mas temos alguns limitadores constitucionais que envolvem folha de pagamento, envolve arrecadação. Estamos há quatro anos que o o país não cresce e os estados não aguentam isso. Apesar disso, o govenador do estado tem possibilitado o incremento e acesso de novos policiais. Já temos um concurso aberto para dois mil soldados. Fora as promoções que fazemos internamente, que beneficiaram mais de 18 mil policiais. Enfim, são ações que se nós estivéssemos mais lastro financeiro, com certeza estaríamos na casa dos 38 mil policiais pra atenuar e atender a demanda da sociedade. 

PNotícias: aconteceu no final de semana um caso de feminicídio em Dias D'Ávila e o que nos chamou atenção foi que foi cometido por um policial militar. Como a PM trabalha em cima da Lei Maria da Penha e quais as condições da PM-BA para tratar a saúde mental dos policiais?
Anselmo Brandão:
com relação ao feminicídio, queria dizer que em 2015 criamos a Ronda Maria da Penha. Só existiam duas, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. O problema do feminicídio é social e o machismo ainda é muito forte. Desde quando implantamos a Ronda Maria da Penha na capital, houve uma redução considerável de chamamento. No Subúrbio, o 190 reduziu em 70% as chamados durante os finais de semana por mulheres que estavam sendo agredidas pelos seus companheiros. Agora, pra a gente fazer um trabalho de prevenção, é complicado. O feminicídio é um crime complicado porque acontece entre quatro paredes, envolve o emocional das pessoas. E ainda tem a cultura machista que leva a tudo isso. Mas é bom frisar a presença do estado. Hoje temos o monitoramento. Se não tivéssemos a Ronda Maria da Penha esse número seria muito maior, dobrado. É uma preocupação da PM-BA. A Ronda Maria da Penha é pra dar suporte Às medidas protetivas. Se uma mulher for agredida pelo esposo em casa, por exemplo, é pra ligar pro 190, a polícia vai lá e dá o primeiro suporte. Depois que já for para a delegacia, pro Ministério Público e o juiz disser que o homem não pode se aproximar, a gente coloca o nome do banco de dados e se o marido aparecer ela liga para a Ronda Maria da Penha e a gente dá o suporte. 

PNotícias: a gente tem um histórico grande de policiais militares que acabam se suicidando. Hoje, a PM-BA tem uma estrutura de assistência pra que isso seja tratado?
Anselmo Brandão:
 temos, sim. Não temos como gostaríamos, mas temos. O que o policial quer, que o cidadão quer, é um terapeuta. E nós não temos, por exemplo, cinco mil terapeutas pra que o policial militar vá lá todos os dias bater um papo, desaguar suas tensões. Mas temos o Departamento de Promoção Social com vários psicólogos, que dão o suporte quando o comandante identifica o problema. Por exemplo, nesse fato de Dias D'Ávila, esse policial estava sendo acompanhado. Só que ainda existe muito preconceito com a doença mental e as pessoas não querem falar. Não é por ser policial militar que ele matou a exposta, é por ser um cidadão comum também. Agora, por ter facilidade no acesso a uma arma, isso acaba acontecendo. Mas vamos contratar agora mais 20 psicólogos. Nós temos um curso na PM-BA pra orientar os comandantes e policiais pra que eles identifiquem essas pessoas. Mas infelizmente ainda acontecem esses casos, de policiais se suicidando, matando as esposas, agredindo as pessoas nas ruas. A agressão às pessoas nas ruas, às vezes é decorrência do "copo cheio". Não é o comportamento que gostaríamos, mas acontece. Não vou dizer a vocês que não acontece, porque está aí, vocês noticiam. 

PNotícias: o senhor é favor da liberação ou facilitação da posse e do porte de armas?
Anselmo Brandão:
eu acho que quando o atual presidente pensou nessa proposta, ele pensou no sentido de proteger suas residências, que estão em área de risco, pessoas que tem atividades laborativas que necessitem. Eu não acredito que a ideia foi simplesmente dar uma arma a todo mundo. Quando você arma sem preparo, você arma um bandido. Eu mesmo, se eu estiver com uma arma a reação é diferente do que se eu estivesse sem arma. Eu já vi muitas pessoas, até policiais morrerem, por estarem armados. Isso acontece principalmente em assaltos a coletivos. Por estar armado, na euforia da defesa, no coletivo ele atira em um, mas tem quatro (bandidos). E às vezes têm pessoas que tem armas, mas não sabem atirar, não têm a atitude. É muito complexo. 

PNotícias: foi uma ideia boa, mas mal executada?
Anselmo Brandão:
não é que foi mal executada. Só não pode ser que nem os EUA, que você vai num shopping e qualquer pessoa compra arma. Veja o que está acontecendo lá, todo dia uma carnificina. 

PNotícias: essa semana circulou nas redes sociais vídeos de homens fortemente armados de vangloriando e desafiando a polícia na Mata Escura. O que fazer pra acabar com essa criminalidade onde homens fortemente armados se exibem e desafiam a polícia. 
Anselmo Brandão:
primeiro, temos que ver por que a arma chega a eles. Chega de forma clandestina, vem pela fronteira, pelas rodovias. Agora, uma coisa eu digo a você: infelizmente temos visto essas cenas na Bahia. Mas aqui eles sabem que a partir da nossa identificação de facções e grupos criminosos a nossa resposta é dada. 

PNotícias: a PM-BA entra em todos os bairros de Salvador?
Anselmo Brandão:
em todos os bairros. Vocês falaram desse caso aí. Pergunte onde estão eles. Nós fomos atrás e o cajado é duro. Aqui na Bahia não tem tiro contínuo, que é a troca de tiros que tem que acontecer pra você entrar em algum lugar. Aqui não, quando a gente chega eles se acovardam, saem correndo e atirando pra trás com medo. E se fizerem isso, sabem que o resultado é esse. 

PNotícias: a Patamo continua na rua?
Anselmo Brandão:
continua nas ruas e atuando. Temos usado o vetor aéreo em uma operação com o Graer. O grande problema é o que alimenta essas facções, é o negócio. E o que é o negócio? É o grande consumo de drogas. Infelizmente, temos alguns fumódromos na cidade. 

PNotícias: descriminalizar o uso da maconha resolve?
Anselmo Brandão:
eu sou contra, mas temos que debater. Inclusive isso é uma proposta do secretário de Segurança. Se nós não levarmos esse problema pra a sociedade, se ficar tratando a droga como problema de polícia, não dá certo. Todo mundo diz que só existe maconha porque falta polícia, mas não é isso. Primeiro, temos que mudar os conceitos: o dependente químico não é criminoso, não é marginal. Ele é um doente, dependente. Da mesma forma de quem é viciado em cachaça, em álcool. E quem consome uma tonelada de drogas, como apreendemos na Boca do Rio? Como apreendemos em Pirajá? Quem consome 5 toneladas, como apreendemos em Feira de Santana? A sociedade é hipócrita, pois as pessoas acham que quem só quem consome drogas é a comunidade mais sofrida, mais carente. É o marginal, é o bandido. Não é. Todo mundo consome drogas, na sua família, na minha família tem dependente químico. Eu tenho várias pessoas na família fazendo tratamento, pois são dependentes químicos de drogas. Quando eu entrei na polícia, há 37 anos, eu tinha outro conceito de droga. Eu chegava ao ponto de cheirar a mão da pessoa pra saber se ela estava usando maconha. Porque se tivesse com cheiro de maconha era marginal, era bandido. Era igual ao cara que era rastafári, que tinha tatuagem. Então, os conceitos mudaram e a sociedade antiga e algumas pessoas mais conservadores da sociedade atual ainda acham que quem usa drogas é marginal. E eles passam essa sensação pra a gente, cobram a atitude da família em cima de um dependente químico. 

PNotícias: mas, comandante, não adianta mudar conceito, mudar a sociedade se a lei não acompanha.
Anselmo Brandão:
isso, e depende do Congresso. E eu tenho o seguinte posicionamento: eu não critico o judiciário. Eu fui do Tribunal de Justiça, trabalhei com os desembargadores, conheço os juízes da área crime. Eles sabem que o problema é o formato da lei. Um dia eu disse uma frase que distorceram. Disseram que eu falei que o crime compensa. O crime não compensa nunca. Agora, pra algumas pessoas, vendo a fragilidade das leis, é claro que compensa. Se eu sei que vou ser preso e vou ser liberado na audiência de custódia...

PNotícias: coronel, qual sua opinião sobre mais uma declaração polêmica do deputado federal Igor Kannário, que se direcionou a um PM dizendo que ele era a lei e pedindo pra um auxiliar filmar o policial.
Anselmo Brandão:
eu acho que não é mais novidade pra a sociedade baiana a postura desse hoje deputado. Os próprios colegas dele repudiaram essa atitude. Então, a PM e esse comandante não vão dar mais ibope a ele. Das últimas vezes nós demos resposta, mas acho que a sociedade já deu a resposta a ele, indignada com a forma como ele vem nos tratando. E cumpre às entidades representativas fazerem os encaminhamentos pra ele se retratar. Ele deveria era usar uma rede social pra se retratar do que ele disse, sobretudo, ele como deputado. Às vezes ele confunde as coisas, o artista com o deputado. Ele é um representante do povo e eu só tenho a lamentar. Me entristeço em ver uma pessoa na posição dele fazer declarações contra um ente público, pois ali não é o policial, é a polícia, é quem protege o filho dele, a mãe dele, o bairro onde ele mora. 

PNotícias: essa semana teve mais um caso de bandidos que atearam fogo em ônibus, dessa vez em Sussuarana. Como foi a resposta da Polícia Militar?
Anselmo Brandão:
a resposta foi rápida. Nós temos uma boa relação com o sindicato dos Rodoviários desde quando eu assumir o comando. Esse fato de Sussuarana foi uma réplica do próprio tráfico, pois entramos pesado lá e alguns elementos fizeram isso. Já identificamos e em breve vamos prendê-los. Quero dizer à comunidade de Sussuarana que nós vamos ocupar lá com a Patamo pra mostrar a criminalidade que o estado está presente e que a sociedade não merece a postura dessas pessoas do crime que querem enfrentar a sociedade e a polícia. 

PNotícias: qual seu posicionamento em relação à proposta de excludente de ilicitude?
Anselmo Brandão:
a excludente de ilicitude já acontece, nós já temos. Toda excludente, a depender da forma como é colocada, é bem vinda, é uma proteção ao policial. Mas lembrando que a excludente não é um salvo conduto para o policial matar as pessoas. Toda excludente é sobre ação e reação. Entre morrer um bandido e morrer um policial, nós temos que usar os recursos e agir. A forma que o ministro Moro está colocando, é porque tem algumas distorções. Quando se diz que houve o excesso do policial, o abuso de autoridade, é muito subjetivo. O objetivo do ministro é dar proteção ao policial, ao agente público. Mas nós já temos isso. Agora, que meu policial ouça isso: não é salvo conduto pra sair aí atirando nas pessoas. Temos curso pra atuação com cautela, pra atirar menos, pra termos tiros mais cirúrgicos, de modo que não venha a atingir inocentes. 

PNotícias: queria que o senhor fizesse um balanço do ano de 2019 falando dos pontos positivos e do que precisa melhorar pra o ano que vem.
Anselmo Brandão:
em termos de resultado, estamos com redução, ano a ano, dos crimes violentos intencionais, que são homicídio e latrocínio. Esse ano a redução já está em 11%. Roubos a coletivos teve redução de 5%, roubo a veículos com redução de 12%. Em todos os indicadores criminais estamos com diminuição, com exceção do feminicídio, que eu já expliquei que é um crime complexo. Temos o reconhecimento facial, que foi um investimento de mais de R$ 80 milhões de reais. Já foram mais de 80 pessoas presas. A cada dia que passa estamos pegando mais gente. A tecnologia é um grande auxiliar nas nossas ações. Pra 2020, a ideia é ampliar esse investimento em tecnologia, com um investimento de R$ 20 milhões pra várias cidades. Também vamos otimizar o policiamento nos distritos, pois o crime está indo para a área rural. Nós já temos várias operações nesse sentido e ano que vem vamos colocar uma grande ronda fazendo essa rede de proteção para os lugares mais afastados do grande centro. 

PNotícias: tem previsão de mais concurso?
Anselmo Brandão:
temos, sim. Tem um andamento e vamos lançar outro. Além disso, temos nossos concursos internos. Abrimos agora um concurso interno para sargento. Estamos querendo abrir mais concursos abertos. Temos que ter esse elemento motivador para aquele que está todo dia na ponta que é nosso soldado.

* com participação de Gomes Nascimento

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