Empresa foi contratada por R$ 1,35 milhão e credenciamento será analisado pelo presidente do TSE, ministro Edson Fachin
Atendendo exigência do presidente Jair Bolsonaro (PL), o PL apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o pedido de credenciamento do Instituto Voto Legal (IVL) para auditar as eleições de outubro, representando o partido. A informação é da coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo.
Segundo a coluna, o instituto é sediado em São Paulo e dirigido por Carlos Rocha, engenheiro formado pelo Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA), que nos anos 1990 participou do projeto de criação da urna eletrônica.
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O IVL se apresenta como uma "associação privada sem fins lucrativos formada, em 2021, por profissionais técnicos qualificados e com décadas de experiência em grandes projetos e, em especial, no sistema eletrônico de votação".
Ainda de acordo com a publicação, a empresa defende auditorias externas, mas não apoia a tese de Bolsonaro sobre fraude nas eleições de 2018. O valor pago pelo PL à empresa de auditoria é de R$ 1,35 milhão. O pedido de credenciamento da Voto Legal será analisado pelo ministro Edson Fachin, presidente do TSE.
Apesar de ser uma exigência de Bolsonaro, a auditoria encontra resistência dentro de seu partido, já que alguns parlamentares não aprovam o uso de verba do Fundo Partidário para esta finalidade. Além disso, quadros do PL temem que a medida gere mais atrito com o TSE.
No tribunal, por sua vez, existem ministros que avaliam como positiva a auditoria. “De toda forma, já estão concordando que o voto é auditável. Ninguém contrataria uma empresa de auditoria para algo que não é auditável”, pontuou um magistrado, em entrevista à coluna.
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