Hospital rebate a denúncia
Um denunciante fez duras queixas contra o Hospital Geral Roberto Santos, onde ele tem acompanhado uma família que está com uma pessoa internada no local há um mês. De acordo com ele, o paciente se encontra na ala clínica e ele pôde observar a situação precária do local. Ao fazer uma longa lista de reclamações, ele cita: larva em alimentação oferecida, elevadores em péssimas condições, falta de profissionais, dentre outros.
O denunciante, que preferiu não se identificar, mostrou à reportagem do PNotícias, algumas imagens onde ele demonstra a situação na unidade hospitalar. De acordo com ele, foi encontrada larva na comida dos acompanhantes.
Ele também reclama sobre a falta de profissionais de saúde no turno da noite e garante que quando os profissionais presentes vão descansar ficam apenas 2 enfermeiros ou técnicos de enfermagem para atender a 30 ou mais pacientes. Ele ainda diz que muitas vezes a equipe fica reduzida, onde deveria ter 6, fica 4 e alguns profissionais tem que dobrar pois não tem profissionais suficientes para atender a demanda.
Dentre os problemas citados, ele falou sobre os elevadores que não funcionam direito e é rotineiro parar as pessoas ficarem presas neles.
Ele informa ainda, que o local não tem uma ventilação adequada, fazendo com que pacientes e acompanhantes sintam muito calor.
Além disso, mostra imagens onde a estrutura precária no hospital, na ala clínica:
Por fim, o denunciante mostra registros de conversas com outro acompanhante de paciente do hospital, que também não quis se identificar, onde ele dá o seu depoimento sobre o assunto:
O denunciante fala sobre a situação a qual ele diz vivenciar: "No período do dia, você encontrar o pessoal da limpeza, maqueiro, enfermeiros, técnicos de enfermagem e médicos. A noite, depois das 23h, some todos e quando acontece do paciente passar mal, você tem que ficar louco, correndo de um lado e para o outro pra encontrar alguém. Quando encontra, só vem atender depois de 20 a 40 minutos, nesse tempo o paciente já voltou ao seu estado normal ou já morreu". Ele finaliza o relato solicitando que os órgãos competentes fiscalizem, com urgência, a situação do hospital e dispara: “Local que parece que morrem mais pessoas na ala clínica do que na emergência, na UTI”.
Procurada pelo PNotícias, a assessoria do Hospital Roberto Santos rebateu as acusações. Leia a nota na íntegra:
“O Hospital Geral Roberto Santos conta com número suficiente de profissionais de enfermagem para atender os pacientes internados, de acordo com o nível de complexidade dos mesmos, que são aferidos diariamente e revisados periodicamente. Eventualmente, pode ocorrer ausências pontuais de profissionais (por falta, atestado ou licença médica), sendo necessária a continuidade da jornada de outro profissional para não comprometer a assistência aos pacientes atendidos.
Por ser uma instituição hospitalar com mais de 40 anos, ainda não dispõe de climatização em todas as unidades, porém possui janelas amplas que possibilitam a ventilação das unidades. Nos setores fechados, evidentemente, há aparelhos de ar-condicionado, conforme determinam as normas regulamentadoras para a saúde.
A respeito da ausência de uma medicação específica, isso pode ocorrer pontualmente, mas sempre dispomos de um arsenal de opções que podem substituir sem comprometer o tratamento do paciente.
O hospital está passando por várias requalificações não sua estrutura (estamos com obras no centro cirúrgico, andar intermediário, cozinha, refeitório, fachada e novos setores no edifício anexo).
A Secretaria da Saúde do Estado faz pagamentos consecutivos à Fundação José Silveira e à Sabore e está rigorosamente dentro do contrato assinado com as empresas.”