Estabelecimento afirma que oferece tratamento “exclusivo para mulheres, exceto transgêneros”
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) instaurou um procedimento contra a empresa de bronzeamento corporal, Salvador Bronze, nesta terça-feira (21). A investigação do Ministério Público iniciou após denúncia veiculada pelo PNotícias de que a empresa estaria praticando transfobia ao afirmar que seu atendimento seria “exclusivo para mulheres, exceto transgêneros”.
Localizada na Avenida Octávio Mangabeira, em Salvador, a empresa recebeu diversas críticas na Internet após discriminar o público de mulheres que estariam aptas a utilizar seus serviços.
Diante do grande número de compartilhamentos de mensagens de repúdio ao posicionamento da empresa, a Salvador Bronze publicou uma nota de esclarecimento em sua rede social, informando possuir “limitações técnicas comuns na profissão” e que a impediria de atender o público de mulheres transgêneros.
"A Salvador Bronze não atende a todos os públicos devido às suas limitações técnicas (comum nas profissões). Por isso deixamos claro o nosso repúdio à quais quer atos discriminatório, seja social, racial ou sexual", declarou.
Questionados pela reportagem sobre quais seriam as limitações técnicas que impossibilitam o procedimento em mulheres trans, a empresa não respondeu e não atendeu aos telefonemas.
Em nota ao PNotícias, o MP-BA informou que um procedimento sobre o caso foi instaurado e a empresa será formalmente notificada: “Informamos que um procedimento foi instaurado na terça-feira, dia 21, sobre o caso. De acordo com a promotora Márcia Teixeira, a empresa será formalmente notificada para apresentar informações ao MP”.
O perfil da Salvador Bronze no Instagram chegou a ser desativado e o estabelecimento segue sem atender aos telefonemas da reportagem.