Caso aconteceu na tarde desta terça-feira (21) no Jardim Apipema, em Salvador
A mulher que foi agredida por um homem após ele ter batido em seu carro propositalmente na tarde desta terça-feira (21) desabafou sobre o ocorrido durante entrevista ao PNotícias. O caso aconteceu na Rua Quintino de Carvalho, no bairro do Jardim Apipema, em Salvador. No vídeo, o homem aparece arrancando o retrovisor do veículo da mulher que tenta impedir a ação quando é agredida.
Em entrevista ao PNotícias, a motorista de transporte escolar Juline Almeida, de 25 anos, conta como tudo aconteceu:
“A confusão começou quando ele estava na contramão e o pessoal queria sair do estacionamento da padaria e tinha um pessoal também querendo a passagem para entrar na rua. Tinha uma fila de carros atrás de mim, o meu carro era o segundo carro da fila. O carro que estava na minha frente deu a passagem a ele, porém eu não tinha como fazer isso também porque tinha uma fila de carros atrás de mim. Por eu não ter conseguido dar passagem a ele, ele saiu ralando a lateral do meu carro, foi nesse momento que eu desci descontrolada e disse: “Você bateu no meu carro” e calado ele estava, com o som alto ele continuou e não mostrou nenhuma reação”, detalhou.
De acordo com Juline, o homem chegou a retirar o uniforme do trabalho que vestia antes de descer do veículo que estava dirigindo. Ao ficar frente a frente com a vítima, o agressor a questionou: “Você sabe quem eu sou?”, numa tentativa de intimidá-la.
Juline conta também que tudo teria acontecido muito rápido e o rapaz acabou deixando o local, não sendo possível contê-lo: “O pessoal que estava no local, quando viu a agressão, desceu imediatamente do carro, mas como foi tudo muito rápido, ele foi logo entrando no carro, desceu e fugiu. Ninguém conseguiu pegar ele”.
Durante a entrevista, a moça fez desabafos à reportagem e falou sobre como vem se sentindo desde que sofreu as agressões: “Eu estou nervosa, com medo porque eu não lembro o rosto dele. Tenho medo de andar na rua e de repente ele me reconhecer e acabar fazendo alguma coisa comigo, mas eu tô tentando me acalmar, minha família tá me apoiando muito”, relatou.
Para a moça, tem sido difícil não se lembrar com tristeza do momento que viveu: “É um susto, é um susto muito grande. A vontade que você tem é de ficar em casa, esquecer tudo e fingir que nada aconteceu”, desabafou.
Juline deixa ainda um conselho para as mulheres que se encontrarem numa situação parecida com a que ela viveu: “O conselho que eu daria é que não faça o que eu fiz. Não reaja! Eu agi por impulso ao ver o meu meio de trabalho sendo destruído da forma que foi por uma pessoa e ver a pessoa escapar. Eu me esforço tanto pra pagar meu carro, trabalhando com transporte escolar. Eu tenho o maior cuidado, pra daí ver uma pessoa fazendo isso. Mesmo assim, a vida da gente vale muito mais que qualquer bem material. Então eu aconselho todas as mulheres que passarem por isso que não reajam, não reajam de forma alguma!”
A vítima registrou queixa contra o agressor no mesmo dia do ocorrido.
Assista o vídeo do momento das agressões: