Com base nos dados avaliados pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa "Em cada dez que fazem teste, oito estão positivos"
Tudo pode mudar de uma semana pra outra quando tratamos do coronavírus, e Portugal é um exemplo disso. O número de casos aumentou em quase 50% em apenas uma semana, e o país voltou a passar a barreira dos 20 mil e os 24 mil casos. Com base nos dados avaliados pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, a média diária era de 15 ou 16 mil.
O professor Carlos Antunes diz que o aumento está associado a vários fatores, um deles é o aparecimento de uma nova linhagem da Ómicron, a BA.5, que está a prevalecer em relação à BA.2.
"Os óbitos já estão a dar sinal de aumento. Na semana passada, em relação à semana anterior, a mortalidade por milhão de habitantes a 14 dias ainda estava a descer. "Estava nos 24 óbitos e a média da mortalidade estava nos 19 mortos, agora já está a subir outra vez. A mortalidade por milhão de habitantes a 14 dias está em 27.5 óbitos e a mortalidade diária em em 24 óbitos. O mesmo se está a passar com os internamentos em enfermarias, acima dos 65 anos, em que o aumento já é bem visível na região Norte".
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Nesta quinta-feira (12), a comissária europeia para a Saúde alertou os Estados-membros para estarem preparados para terem de votar atrás nas restrições, caso fosse necessário, mas o ECDC, por exemplo abandonou a obrigatoriedade das máscaras nos aeroportos e nos aviões. Portanto, e perante estes sinais exteriores, "pode haver alguma teimosia política em não voltar atrás", justifica.
Mas, a verdade, é que a taxa de positividade na testagem é de 42%, uma taxa nunca antes atingida. "Em cada dez que fazem teste, oito estão positivos", explica Antunes, acrescentando que a tendência registada agora em número de casos e de positividade em testes revela um aumento superior ao do Carnaval.
Por tudo isto, o Carlos Antunes defende que "já se deveria estar a tomar medidas, apelando, mesmo individualmente, ao regresso do uso de máscara em espaços fechados sem ventilação e com muita gente para proteger os mais idosos e vulneráveis.
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