Segundo sindicalista, classe entrará em greve caso medidas não sejam cumpridas
Motoristas e cobradores do transporte público de Salvador denunciaram ao PNotícias a precariedade da higienização dos ônibus em meio à pandemia do novo coronavírus. Em contato com a reportagem, o sindicalista Fábio Primo confirmou a informação acerca da higienização dos veículos. De acordo com o sindicalista, a fiscalização das medidas sanitárias não é feita pela prefeitura ou pela concessionária.
“A prefeitura não fiscaliza e os empresários fazem pouco caso para a higienização dos ônibus e saúde dos rodoviários”, explicou. Ainda segundo Fábio Primo, apenas duas máscaras foram fornecidas para cada trabalhador e, citando a morte de mais um trabalhador em decorrência da Covid-19, explicou que a classe exige uma melhora no fornecimento dos equipamentos de proteção individual (EPIs).
“Se os empresários não fornecerem os EPIs, como mais máscaras e luvas para os cobradores, testes rápidos e aferição de temperatura, os rodoviários vão ficar em casa e a cidade vai parar”, afirmou.
A Secretaria de Mobilidade de Salvador (Semob) esclareceu ao PNotícias, por meio de nota oficial, que a responsabilidade quanto à higienização dos veículos pertence às concessionárias do serviço público, entretanto, em conjunto com a Limpurb, intensificou a limpeza das estações de transbordo desde o início da pandemia na cidade. A Semob afirmou também que “os ônibus são lavados durante à noite, quando chegam às garagens e a limpeza reforçada nas estações, na troca do motorista”.
De acordo com a secretaria, pias para a higienização das mãos foram instaladas na Estação da Lapa e existe álcool em gel à disposição dos trabalhadores, além da distribuição de máscaras para os usuários do serviço. A Semob reforçou que a partir desta sexta-feira (22), barreiras físicas, com cortinas de plástico resistente e transparente, serão implantadas nos postos de trabalho de motoristas e cobradores dentro dos ônibus.