Ex-secretário nacional de Vigilância em Saúde contrariou justificativas do governo Bolsonaro
O ex-secretário nacional de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, contrariou as justificativas do governo Bolsonaro ao afirmar que a Pasta precisava da doação feita pela empresa Marfrig para compra de testes para o novo coronavírus.
As justificativas surgiram após a reportagem da Folha que revelou que a empresa doou R$ 7,5 milhões para ajudar governo federal no combate ao vírus, mas o valor foi repassado para o programa Pátria Voluntária, chefiado pela primeira-dama Michelle Bolsonaro.
De acordo com Palácio do Planalto, o repasse aconteceu porque em maio, quando foi feita a doação, a Saúde não precisava de equipamentos para realizar testes contra a doença.
“Claro que precisava. Lançamos o Diagnostica Brasil em 6 de maio”, rebateu o ex-secretário. “Agora precisará mais do que nunca. Quanto mais testes fizermos melhor será para a manutenção das atividades econômicas com segurança”, acrescentou.