Vice-prefeito foi o entrevistado desta quinta-feira (28) no programa PNotícias da Piatã FM
O vice-prefeito de Salvador e também pré-candidato à prefeitura nas eleições 2020, Bruno Reis (DEM), falou sobre os prejuízos financeiros que a gestão municipal vem tendo durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Em entrevista ao apresentador Dinho Junior no programa PNotícias da Piatã FM, na manhã desta quinta-feira (28), Reis relatou a redução na arrecadação de tributos: “Tivemos uma queda em média de 30% na arrecadação da prefeitura”, afirmou.
De acordo com o secretário de Obras, com o fechamento dos serviços não essenciais, houve uma diminuição do pagamento de tributos:
“No panorama do mês de abril, que venceu no dia 5 de maio, nós tivemos uma queda em média de 30% na arrecadação da prefeitura. O principal tributo da prefeitura é o ISS, com o isolamento social, houve uma paralisação das atividades. O fato gerador é a emissão da nota fiscal, se não estão tendo serviços que emitem nota fiscal, essa arrecadação cai e foi o que ocorreu. Aí a gente começa a viver um drama porque a gente, por outro lado, precisou ampliar os serviços de Saúde, são R$ 230 milhões que a prefeitura está investindo nos hospitais de campanha, em testes de Covid-19, ampliando as ambulâncias do Samu, uma série de iniciativas”, conta.
“Com as medidas sociais, além do auxílio emergencial de R$ 270, a gente precisou fazer gastos novos, que não estavam previstos no nosso orçamento. Por outro lado, com a queda de arrecadação, a gente começa a comprometer as contas públicas. A nossa sorte é que nós tínhamos feito o dever de casa, Salvador é a primeira cidade no Brasil em gestão fiscal, nós estávamos muito bem no ponto de vista das finanças públicas. Então, de imediato, nós adotamos uma série de medidas para equilibrar essas contas. Entre essas medidas, nós contigenciamentos o orçamento com a suspensão de gastos que não eram essenciais”, afirmou.
Bruno falou ainda sobre os cortes de gastos da prefeitura para tentar conter os prejuízos financeiros decorrentes da pandemia: “Nós também fizemos cortes nos gastos da prefeitura. Passamos a renegociar os contratos de locação de imóveis, reduzidos em 50%. Reduzimos todos os contratos de prestadores da prefeitura nós reduzimos em 30%, bem como a gratificação gerencial de todos os cargos comissionados”, explicou.
Ainda segundo o pré-candidato à prefeitura, também foi necessário reduzir o salário dele e do prefeito ACM Neto (DEM): “Reduzimos em 30% o meu salário e o do prefeito, reduzimos a jornada de trabalho de 8 pra 6 horas pra tirar o auxílio refeição. Só aí foram R$ 50 milhões que nós conseguimos economizar nessas medidas. Com isso, nós estamos aí podendo enfrentar a crise e garantir o que é essencial, que são os gastos com investimento na Saúde para salvar vidas e quem precisa”, apontou.