Antonio Palocci e Paulo Okamotto também se tornaram réus na Operação Lava Jato
Pela quarta vez, o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, se tornou réu pleo crime de lavagem de dinheiro em um processo da Operação Lava Jato, nesta sexta-feira (23). O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto também se tornaram réus. A denúncia foi protocolada no dia 14 de setembro.
Lula é acusado de usar o Instituto Lula para lavar R$ 4 milhões doados pela Odebrecht entre dezembro de 2013 e março de 2014. A denúncia dá conta de que a quantia – feitas formalmente por doações legais – foram repassadas em quatro operações de R$ 1 milhão cada uma e tiveram como origem contratos fraudados da Petrobras.
Outras duas pessoas também se tornaram réus pelo mesmo crime. Dessa vez, foram Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho e Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, dois ex-executivos da Odebrecht, que tiveram a denúncia aceita pelo juiz federal Luiz Antônio Bonat, da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, no fim da tarde desta sexta-feira (23). As penas previstas nos acordos de colaboração não atingiram o limite.
A defesa de Lula afirma que a decisão é um ato de perseguição e que a ação penal é descabida. Segundo a nota, a denúncia “tenta transformar doações lícitas e contabilizadas para o Instituto Lula – que não se confunde com a pessoa do ex-presidente - em atos ilícitos, em evidente prática de lawfare [guerra jurídica]”. O advogado, então, conclui: “A mesma decisão desconsidera que Lula já foi definitivamente absolvido pela Justiça Federal de Brasília da absurda acusação de integrar de uma organização criminosa, assim como desconsidera decisão do Supremo Tribunal Federal que retirou da Justiça Federal de Curitiba a competência para analisar o assunto. Por tais motivos, dentre outros, a decisão será impugnada pelos meios legalmente cabíveis”.