Advogada de 45 anos chegou a ser presa, mas foi liberada em seguida
Uma mulher foi filmada gritando comentários homofóbicos e agredindo um rapaz dentro de uma padaria em São Paulo, na noite desta sexta-feira (20). Nas imagens é possível ver o momento em que a agressora, identificada como Lidiane Brandão Biezok, de 45 anos, faz as ofensas, dá tapas e chega a arremessar objetos contra o jovem homossexual que segura uma bolsa.
De acordo com o UOL, testemunhas relataram que a mulher também fez comentários transfóbicos e racistas. Um dos funcionários chegou a pedir que a polícia retirasse a moça, que estava alterada e descalça, do estabelecimento: “Ninguém faz nada. Ela já agrediu, desmoralizou, foi racista, transfóbica, homofóbica e ainda consegue entrar no estabelecimento”.
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Neste domingo (22), a advogada se defendeu, alegando que foi provocada por dois clientes quando estava comendo um sanduíche. A agressora admitiu ao G1 que “se exaltou”, mas “não tem nada contra gays”, além de negar ter utilizado termos racistas na discussão. “Eu tava lá quieta e, de repente, não notei a presença dessas pessoas e elas começaram a me filmar sem eu ver. Começaram me xingar. Um deles falou pra atendente: 'Você não tem que atender ela'. Mas eu sou cliente, eu estou pedindo”, contou.
A mulher chegou a ser detida, mas foi liberada em seguida, após seu advogado conseguir com que a Justiça convertesse a prisão em flagrante em prisão domiciliar.
Por meio de nota divulgada nas redes sociais, a padaria Dona Deôla confirmou que funcionários e clientes do estabelecimento foram vítimas de ofensas racistas, homofóbicas e transfóbicas feitas por Lidiane. “Lamentavelmente, na noite de ontem [sexta-feira, 20 de novembro], funcionários e clientes da nossa padaria na Pompeia foram alvo de ofensas racistas, homofóbicas e transfóbicas, que podem inclusive configurar crime. Por isso, seguindo a orientação que lhes foi dada, a nossa equipe acionou a polícia para que as providências fossem tomadas”, diz o comunicado.
“A Dona Deôla se solidariza com as vítimas desse ato repugnante e se coloca à disposição para prestar toda a assistência necessária. Reiteramos o nosso repúdio a qualquer tipo de discriminação e o nosso compromisso com a proteção e o bem estar de nossos funcionários e clientes", informa a nota que expira em 24 horas depois de publicada”, finaliza o texto.