Inquérito será encaminhado ao MP-BA ainda nesta terça, afirmou o delegado ACM Santos
A Polícia Civil pediu nesta terça-feira (13) a previsão preventiva de Cátia Raulino, suposta jurista acusada por ex-alunos de plágio. Segundo o delegado responsável pelo caso, ACM Santos, o inquérito será concluído e encaminhado para o Ministério Público da Bahia (MP-BA) ainda nesta terça.
De acordo com o titular da 9° Delegacia (Boca do Rio), a suposta professora será indiciada por pelo menos cinco crimes: estelionato, uso de documento falso, exercício ilegal do Direito, falsidade ideológica e plágio.
ACM Santos informou também que a investigada não apresentou documentos que comprovem seus títulos e, por não ter o diploma de bacharel de Direito pela Universidade Federal do Maranhão, como alegou, seu suposto mestrado, doutorado e pós-doutorado já estão invalidados.
"A conclusão é que a senhora Cátia Raulino não tem diploma de bacharel na Universidade [Federal] do Maranhão. Foi dado todo esse período a ela, várias oportunidades para apresentar o diploma. A faculdade que ela diz ter o diploma, a gente tem certeza absoluta que ela nunca esteve naquela instituição de ensino, sequer ela tem o diploma de bacharel em Direito", disse o delegado.
"A partir do momento em que está claro que ela não é bacharela, ela vai ser tipificada no crime de estelionato, pelo fato de que ela aferiu vantagem em lives e outras coisas que ela fez, que ela cobrava como se fosse uma bacharela", explicou ACM que completou: "Uso de documento falso, para ela ser admitida nas faculdades, o exercício ilegal da profissão de direito também está claro, a falsidade ideológica, porque nós colhemos também que ela inseriu dados que não eram verdade em documentos públicos, existe uma certa discussão com referência a isso por causa do currículo lattes, e, por fim, o plágio que também já está caracterizado e já foram ouvidas todas as partes".