Possibilidade de ruptura democrática é que tem dado tom nas interações do grupo
Com a aproximação das eleições, empresários aliados dos presidente Jair Bolsonaro (PL) passaram a defender diretamente um golpe de Estado caso o ex-presidente Lula vença o Chefe de Estado nas urnas. Segundo o portal Metrópoles, um grupo no Whatsapp intitulado Empresários e Política, criado no ano passado, tem revelado uma escalada de radicalismo entre os integrantes. A possibilidade de ruptura democrática é o que tem dado o tom nas interações do grupo.
Leia também:
Anvisa aprova fim da obrigatoriedade de máscaras em aviões
Termina nesta quinta-feira prazo para pedir voto em trânsito
Além da ameaça de um golpe, os empresários atacam constantemente as instituições brasileiras como o STF (Supremo Tribunal Federal), TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e aos opositores da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Entre os nomes do grupo estão Luciano Hang, proprietário da Havan; Afrânio Barreira, dono do Grupo Coco Bambu; José Isaac Peres, da administradora de shoppings Multiplan; José Koury, proprietário do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; e Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, dono da marca Mormaii.
A reportagem revelou que José Koury, dono do shopping Barra World, no Rio de Janeiro, afirmou preferir uma "ruptura" do que o retorno do PT ao Palácio do Planalto. De acordo com o empresário, se o Brasil voltasse a ser governado por uma Ditadura Militar, o país continuaria recebendo investimentos externos. "Prefiro golpe do que a volta do PT. Um milhão de vezes. E com certeza ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil. Como fazem com várias ditaduras pelo mundo", disse o dono do shopping Barra World.
Em seguida, Marco Aurélio Raymundo, conhecido como Morongo, que é médico e proprietário da empresa de roupas e itens de surfe Mormaii, respondeu às mensagens de Koury, na sequência:
"Golpe foi soltar o presidiário. Golpe é o "supremo" agir fora da constituição. Golpe é a velha mídia só falar merda", publicou o empresário.
Já o dono do Grupo Coco Bambu, Afrânio Bandeira, comentou a mensagem de Koury com uma figurinha de um homem dando "joinha". Nesse mesmo dia, o empresário André Tissot, do Grupo Sierra, empresa que fabrica móveis de luxo disse que "o golpe teria que ter acontecido nos primeiros dias de governo. [Em] 2019 teríamos ganhado outros 10 anos a mais", registrou no grupo.
Siga o PNotícias no Google Notícias e receba as principais notícias do dia em primeira mão.