Durante reportagem exibida pelo Fantástico, Isidório aparece dando declarações associando pessoas transgênero a práticas diabólicas
A Fundação Dr. Jesus, do deputado federal baiano Pastor Isidório (Avante), está sendo acusada de maus tratos como castigos físicos, racionamento de comida, segregação, repressão sexual e doutrinação religiosa interferindo nos cuidados médicos. Durante reportagem exibida pelo Fantástico, Isidório aparece dando declarações associando pessoas transgênero a práticas diabólicas.
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“Você deixou o diabo lhe enganar. Você deixou o médico cortar seu pé de sofá. Ela só pensa que tem bilau. O diabo diz ao homem que ele pode ser mulher, aí ele se veste todo, bota silicone”, afirma em vídeo. Em outro momento, o pastor aparece zombando da medicina, com um facão na mão, dizendo que a arma branca é o "psiquiatra".
A matéria esteve em diversas instituições similares pelo Brasil. Na Fundação Dr. Jesus, houve declaração de um interno dizendo que, por estar de castigo, se alimentaria somente de arroz durante três dias.
Antes da exibição da matéria, o BNews entrou em contato com Isidório. Ele falou sobre o lançamento da pré-campanha de seu filho, Tancredo Isidório, a deputado estadual, do apoio a pré-candidatura ao Governo do Estado de Jerônimo Rodrigues (PT), relação com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e torcida pela eleição do ex-presidente Lula (PT), mesmo tendo um pré-candidato à Presidência do Avante.
“Não tem jeito. A Fundação Doutor Jesus não subsiste se não tiver ajuda do Governo do Estado, que é a única ajuda que ela tem, de Jaques Wagner para cá e Rui Costa continuou. Tancredo foi criado aqui dentro, o pastor Isidório Filho, que foi morar no céu, também foi. Meus filhos todos são daqui. Então, o convênio do Estado, quem ajuda é o deputado estadual, o mandato estadual. Não é o meu mandato de federal. Ter um deputado estadual é importante e eu tenho dito que, se alguém porventura só tiver um voto para me dar, me dê o de estadual. Digo isso porque é mais importante eu ter um estadual do que eu ser federal", afirmou Isidório sobre o uso de dinheiro público para manutenção do espaço.
Até a conclusão da reportagem, a Fundação não havia se pronunciado diretamente sobre a matéria veiculada no Fantástico, programa da Rede Globo. Contudo, o perfil oficial fez uma série de repostagens em defesa da instituição. Uma delas chamando a matéria de "lixo".
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