Caso aconteceu na cidade de Teixeira de Freitas, no sul da Bahia
Uma mulher de 33 anos teve o auxílio emergencial de R$ 600 negado pela caixa Econômica Federal sob a justificativa de que é “política eleita”, mas nega o cargo. Cleidiana Alves Mendes de Oliveira afirmou que se candidatou a vereadora no ano de 2016, entretanto não venceu o pleito e trabalha como faxineira.
Cleidiana contou que, por causa da falta de serviços em meio à pandemia do novo coronavírus, sentiu a necessidade de solicitar o benefício e fez o cadastro assim que foi disponibilizado pelo governo federal. “Eu fiz o meu cadastro assim que começou. Aí, no aplicativo, falou que eu não fui contemplada, porque exercia cargo eletivo na minha cidade. Eu tentei contestar, mas, no aplicativo da Caixa, não tem como contestar. Aí eu fui na agência e procurei o gerente”, relatou.
A faxineira disse ainda que, mesmo com a ajuda do gerente, não conseguiu esclarecer a situação e, ao tentar novamente a solicitação, foi negada pela segunda vez: “Eu tentei de novo, e aí continua dizendo que eu sou vereadora de Teixeira de Freitas. Fui na Caixa de novo, mas nem o gerente da Caixa consegue resolver. O aplicativo tinha que ter como a gente contestar. Como eu vou fazer agora?”
Em mais uma tentativa de resolução, a mulher procurou o Tribunal Regional Eleitora (TRE) da sua região, mas nada foi feito pois era um “erro do sistema”. “A Caixa diz que, se eu já recebo salário de vereadora, não tem como eu pedir o auxílio. Mas eu não recebo esse salário, eu não ganhei a eleição, tive 66 votos”, detalhou.
O nome de Cleidiana está registrado como suplente no site de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral, mas ela alega que nunca tomou posse e ao menos recebe o salário correspondente ao cargo. De acordo com o G1, a assessoria do TRE afirmou que o banco de dados não permite consultar o exercício de mandato eletivo, ou seja, o registro não justifica que o candidato tenha tomado posse ou esteja exercendo o cargo.
Em nota, a Caixa Econômica informou que não participa do processo de avaliação dos critérios de elegibilidade, atuando apenas como agente pagador do auxílio emergencial.